2008-12-01 16:35:53

COMECE: UE ABRE AS PORTAS PARA ACOLHER REFUGIADOS IRAQUIANOS


Bruxelas, 01 dez (RV) - "As portas estão abertas para acolher na União Européia, em 2009, dez mil refugiados iraquianos particularmente vulneráveis. Agora os Estados membros possuem os meios para agir rapidamente".

Foi o que disse o secretário-geral da Comissão dos Episcopados da Comunidade Européia (COMECE), Piotr Mazurkiewicz, expressando sua satisfação pelas conclusões do Conselho Justiça e Assuntos Internos que dias atrás convidou, em Bruxelas, os Estados membros da União Européia a acolherem os refugiados iraquianos, sobretudo, os que estão na Síria e na Jordânia. Eles se encontram em condições particularmente vulneráveis. Muitos necessitam de cuidados médicos outros foram vítimas de traumas ou de torturas, outros pertencem a minorias religiosas, além de mulheres que, sozinhas, devem sustentar suas famílias.

O conselho frisou a possibilidade de que a ajuda financeira e os planos de reinserção possam ser fornecidos pelo 'Fundo Europeu para os refugiados' e pediu aos Estados membros para que indiquem, até o próximo dia 19, suas intenções em vista do cálculo de repartição do financiamento para 2009.

O arcebispo de Kirkuk, dom Louis Sako, não se mostrou favorável ao anúncio da União Européia de acolher os dez mil refugiados iraquianos em exílio na Síria e na Jordânia."Tal decisão, ressaltou dom Sako, é como dizer aos cristãos para fugirem do Iraque. Hoje dez mil, amanhã outros dez mil, até que o país se esvazie completamente da presença cristã".

O prelado disse que é contrário à fuga em massa dos cristãos de sua terra de origem e denunciou a falta de uma forte liderança política, dentro da comunidade cristã, que promova a unidade.

"O desejo de fuga é sem dúvida, alimentado pela falta de um líder político que oriente as pessoas rumo a um projeto concreto, sólido, que os convença a permanecer, não obstante os sofrimentos", ressaltou dom Louis.

"Até mesmo nos casos de perseguições é preciso mostrar o sentido profundo do Evangelho, que nos pede para sermos testemunhas do sacrifício de Cristo", finalizou o prelado. (MJ)







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