2008-12-01 18:36:05

BARTOLOMEU I: É PRECISO REMOVER ESPINHOS NAS RELAÇÕES ENTRE IGREJA CATÓLICA E PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA


Istambul, 1º dez (RV) - O patriarca Bartolomeu I, ao saudar neste domingo a delegação da Santa Sé presente em Istambul para a festa do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, celebrada ontem, 30 de novembro _ festa de Santo André _, disse que “somos obrigados a remover entre nós os espinhos, que acumulamos durante um milênio, nas relações entre as nossas Igrejas em matéria de fé, bem como nas questões que concernem à estrutura e ao governo da Igreja”.

A delegação vaticana esteve conduzida pelo presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Walter Kasper, com a participação do também secretário do referido organismo vaticano, Dom Brian Farrel, e o oficial da seção oriental do mesmo, Pe. Vladimiro Caroli. Também esteve presente em Istambul o núncio apostólico na Turquia, Dom Antonio Lucibello.

De fato, a delegação da Santa Sé participou da solene Divina Liturgia na igreja patriarcal do Fanar e manteve um encontro com o patriarca e conversações com a Comissão sinodal encarregada das relações com a Igreja católica. Na sua saudação à delegação, o patriarca agradeceu e retribuiu os “sentimentos de amor e estima” expressos por Bento XVI em sua mensagem.

Bartolomeu I recordou à delegação que foram o patriarca Atenágoras e o papa Paulo VI que iniciaram a visita das delegações por ocasião das respectivas festas dos Santos padroeiros.

Ao promover essa iniciativa _ recordou o patriarca _, Atenágoras e Paulo VI estavam animados pelo “forte desejo” de que as duas Igrejas “separadas durante todo um milênio” pudessem viver “um período de diálogo no amor e na verdade”.

Esse mesmo “profundo desejo” continua animando o “diálogo bilateral” entre Roma e Constantinopla e “nós nos alegramos por sua continuação e progresso” _ enfatizou Bartolomeu I.

“De um lado, o diálogo do amor purifica as nossas relações de todo proselitismo e ação que contradiz o espírito de mútuo respeito e amor; de outro, o diálogo da verdade, com o qual se encontra comprometida a Comissão mista internacional, continua a sua difícil e árdua tarefa”.

Bartolomeu I lembrou que a finalidade desse diálogo é “a plena restauração da completa unidade” entre as duas Igrejas. “Somos chamados a isso não somente por respeito à santa memória” dos apóstolos Pedro e André, “mas também pelas nossas responsabilidades pelo mundo contemporâneo, que é abalado por uma variedade de conflitos e tem uma urgente necessidade da mensagem de reconciliação”. (RL)







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