Deus tem sempre tempo para nós, salientou o Papa antes do Angelus deste I Domingo
de Advento. Bento XVI manifestou o seu horror pela violência em Mumbai, na India
e em Jos na Nigéria. Saudação e bons votos aos fiéis do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla
por ocasião da festa de Santo André
(30/11/2008) Nós temos sempre pouco tempo; especialmente para o Senhor não sabemos
ou, ás vezes, não queremos encontrá-lo. Ora bem, Deus tem sempre tempo para nós. Afirmou
Bento XVI falando da janela dos seus aposentos antes do Angelus recitado depois
do regresso ao Vaticano após a visita á Basílica de São Lourenço fora de muros. Todos
dizemos que nos falta o tempo, porque o ritmo da vida quotidiana se tornou para todos
frenético. Também a esse respeito a Igreja tem uma boa noticia para dar: Deus dá-nos
o seu tempo. Segundo Bento XVI esta é a primeiro coisa que o inicio de um novo
ano litúrgico nos faz redescobrir com maravilha sempre nova. Sim: Deus dá-nos o seu
tempo, porque entrou na historia com a sua palavra e as suas obras de salvação, para
a abrir ao eterno, para a tornar historia de aliança. Nesta perspectiva - explicou
aos cerca de 20 mil fiéis congregados na Praça de São Pedro – o tempo é já em si mesmo
um sinal fundamental do amor de Deus: um dom que o homem, como qualquer outra coisa
é capaz de valorizar ou, pelo contrário, de estragar; de colher no seu significado,
ou desleixar com superficialidade obtusa. Depois da recitação da oração mariana
do Angelus Bento XVI voltou a manifestar o seu horror pela cruel e insensata violência
que atingiu, por motivos e circunstancias diferentes, Mumbai na India e a Nigéria.
“Peçamos ao Senhor que toque o coração daqueles que se iludem que este é o caminho
para resolver os problemas locais ou internacionais e sintamo-nos todos impelidos
a dar o exemplo de mansidão e de amor para construir uma sociedade digna de Deus e
do homem. Também depois da recitação do Angelus o Papa dirigiu a sua saudação
e os bons votos a Bartolomeu I e aos fiéis do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla,
invocando sobre todos a abundância das bênçãos celestes. “ A 30 de Novembro – recordou
aos fiéis - ocorre a festa de Santo André, irmãos de Simão Pedro. Ambos foram, primeiro
sequazes de João Baptista e, depois do Baptismo de Jesus no rio Jordão, tornaram-se
seus discípulos, reconhecendo n’Ele o Messias. Santo André é o patrono do Patriarcado
de Constantinopla, e é assim que a Igreja de Roma se sente ligada àquela Igreja por
um laço de especial fraternidade. Portanto nesta feliz circunstancia – concluiu o
Papa - segundo a tradição, uma delegação da Santa Sé, chefiada pelo Cardeal Walter
Kasper, Presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos
deslocou-se em visita ao Patriarca Ecuménico Bartolomeu I.