2008-11-28 12:47:56

Travar "a matança" na RDCongo


(28/11/2008) O mundo ocidental não está a enviar tropas suficientes para a República Democrática do Congo (RDC) porque tem uma "atitude discriminatória constante" face a África. A afirmação foi ontem feita por Jan Egeland, antigo enviado das Nações Unidas para questões humanitárias, que denuncia o contraste entre o empenho internacional na solução do conflito naquele país africano com o esforço revelado noutras regiões do globo, como o Médio Oriente.


Egeland é um dos 16 antigos responsáveis da ONU e líderes mundiais - entre os quais se contam Mary Robinson, Desmund Tutu e Vlaclav Havel -, signatários de uma carta que apela à UE que envie tropas para pôr fim à guerra na RDC.


Bruxelas recusou recentemente enviar uma missão de paz para o ex-Zaire por considerar que deverão ser os militares das Nações Unidas a lidarem com o conflito. A ONU tem cerca de 17 mil militares destacados naquele país centro-africano e tem planos para enviar mais três mil - tornando-se esta na maior missão humanitária no mundo. Porém, o número é considerado insuficiente para cobrir um território que é quase do tamanho da Europa Ocidental.


Organizações internacionais calculam que os combates que começaram em Agosto no leste do país tenham morto milhares e feito 250 mil refugiados. Pelo menos 13 mil terão cruzado a fronteira com o Uganda e contam histórias de massacres das pessoas que ficaram para trás.


Os signatários do apelo a Bruxelas querem que seja travada a que consideram ser "maior matança do planeta".








All the contents on this site are copyrighted ©.