2008-11-28 12:43:53

Santa Sé pede apoio para as familias rurais e a agricultura nos paises pobres


(28/11/2008) A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), deverá apoiar a “função impulsionadora da agricultura nos processos de desenvolvimento”, trabalhando ao lado de Estados e governos para enfrentar a difusa crise alimentar. Esta é a visão da Santa Sé expressa pelo seu observador permanente junto daquela agência da ONU, o arcebispo Renato Volante, num discurso proferido nos dias passados perante a35ª sessão da Conferência da FAO.
Num cenário mundial dominado, em muitas áreas pobres do planeta, pela insegurança alimentar, o mundo rural deve ser particularmente levado em consideração pela FAO e pelos países ricos. Os seus programas de ajuda devem ser modulados de maneira a “propor um ordenado equilíbrio” entre sistemas de produção inovadores e qualidade dos bens produzidos, garantindo assim tanto a segurança alimentar como a saúde das pessoas e dos ecossistemas.
É a “visão ideal” proposta por D. Volante aos membros da FAO reunidos para a sessão especial da Conferência da agência, que à distância de 63 anos da sua fundação aprovou dias atrás um plano de reforma de mais de 42 milhões de dólares.
“Reformar a Fao significa hoje partilhar a ideia de que a luta contra a fome é uma questão determinada por múltiplos factores ” - observou o representante da Santa Sé. Contudo - acrescentou-, as estratégias adoptadas muitas vezes têm o defeito de uma falta de “visão unitária” que “coloque no centro as exigências da pessoa”,e enfrentando os problemas de modo sectorial.
Desta maneira penaliza-se o sector agrícola naquelas áreas onde “mais se agravam a pobreza, o subdesenvolvimento e a desnutrição, bem como a degradação ambiental - salientou.
O arcebispo Renato Volante exortou as autoridades à co -responsabilidade e à colaboração com a FAO, a fim de que esta “possa continuar a dispor de recursos”, e lembrou à agência a sua razão de ser, ou seja, uma “organização de pessoas ao serviço de outras pessoas e dos seus direitos fundamentais”.
A delegação da Santa Sé tem a “firme convicção de que a estrutura da FAO e os seus respectivos compromissos” devem “ressaltar a função impulsionadora da agricultura nos processos de desenvolvimento, promovendo, em primeiro lugar, não a simples capacidade administrativa, mas critérios de gestão ponderados e iniciativas realmente funcionais às necessidades.








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