2008-11-26 11:43:46

AUDIÊNCIA GERAL: A JUSTIFICAÇÃO SEGUNDO SÃO PAULO APÓSTOLO


Cidade do Vaticano, 26 nov (RV) - Bento XVI encontrou-se, esta manhã, na Sala Paulo VI, no Vaticano, com milhares de peregrinos e fiéis, provenientes de diversos países, para a Audiência Geral de quarta-feira.

No início da audiência, o Santo Padre fez uma saudação, em inglês, ao Catholicós da Cilícia dos Armênios, Sua Santidade Aram I, acompanhado de uma delegação de bispos.

Esta visita fraterna, afirmou o papa, é uma ocasião significativa para estreitar os laços da unidade que já existem entre as duas igrejas, no caminho rumo à plena comunhão. Bento XVI expressa sua gratidão pelo envolvimento pessoal de Aram I na questão do ecumenismo, especialmente na Comissão Conjunta para Diálogos Teológicos.

O papa recordou a estátua de S. Gregório o Iluminador, fundador da Igreja armênia, que fica na fachada da Basílica Vaticana. A estátua invoca os sofrimentos sofridos por S. Gregório em conduzir o povo armênio ao cristianismo, mas também os muitos mártires e confessores da fé que testemunharam a riqueza da história armênia.

Por fim, Bento XVI invoca a intercessão de São Gregório como guia rumo à plena unidade desejada pelas duas Igrejas.

Hoje à tarde, Aram I concederá uma coletiva de imprensa, aos jornalistas presentes em Roma, na sede da Rádio Vaticano, por ocasião da sua visita ao Papa e à Igreja de Roma.

Em sua catequese semanal, Bento XVI continuou a falar sobre São Paulo Apóstolo, por ocasião do Ano Paulino.

Na última Audiência Geral, o Papa havia aprofundado o tema da “absoluta gratuidade da salvação”. Hoje, se concentrou mais sobre as conseqüências que brotam da justificação pela fé e da ação do Espírito Santo na vida do cristão.

Com efeito, disse o Pontífice, não é casual que Paulo, em sua Carta aos Gálatas, - na qual acentua a gratuidade da justificação -, ressalte também a relação existente entre a fé e as obras.

Os frutos do Espírito, segundo o Apóstolo, são: “amor, alegria, paz, compreensão, serviço, bondade, lealdade, amabilidade, domínio de si”. Nesta lista, o primeiro grande dom é o ágape ou o amor. É o Espírito que nos leva a um amor total a Cristo e a não viver mais para nós mesmos, mas por aquele “que morreu e ressuscitou por nós”.

Assim, concluiu o Santo Padre, a centralidade da justificação sem as obras não entra em contradição com a fé atuante no amor. Ao invés, as conseqüências de uma fé que não se encarna no amor são desastrosas, porque tudo se reduz ao puro arbítrio e ao subjetivismo mais nocivo.

Por isso, São Paulo coloca, muitas vezes, as comunidades cristãs diante do “juízo final”, quando receberemos a recompensa por nossas obras”. (MT/BF)







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