A cimeira em Luanda da Comissão do Golfo da Guiné: enfrentar crise financeira mundial e relançar dossier Congo

(26/11/2008) A cimeira da Comissão do Golfo da Guiné (CGG) produziu a chamada “Declaração de Luanda”, que espelha as preocupações e decisões da organização em relação ao conflito na RDC, e as consequências, nomeadamente,  da crise financeira mundial e da baixa do preço do petróleo para a sub região.

Em relação a RDC, a “Declaração de Luanda”, não contempla soluções possíveis para o conflito, limitando-se a anotar a satisfação dos líderes da sub região sobre posições tomadas por Angola e pela ONU.

Exortaram o Conselho de Segurança das Nações Unidas a redefinir o mandato da MONUC de modo a permitir-lhe a agir mais eficazmente apoiando-se nas disposições do capítulo sétimo da Carta das Nações Unidas”.
Os membros da CCG analisaram igualmente as consequências da crise financeira internacional e a baixa brutal do preço do petróleo sobre os investimentos privados na sub região.
Na abertura da cimeira, o presidente angolano José Eduardo dos Santos enlevou o papel futuro da CGG na construção da Paz e segurança na sub região, uma receita que pode caber no pacote de soluções para a crise no Congo.


Conscientes que os conjuntos regionais e sub-regionais constituem os elos essenciais para uma África unida, integrada e solidária apresenta-se necessário continuar a colocar os seus recursos ao serviço do desenvolvimento económico e do progresso social dos respectivos povos.
Os países da CGG comprometeram-se ainda a tudo fazer, através da "concertação permanente" e de "acções conjuntas", para garantir a manutenção da paz no espaço geográfico que ocupam, que é já responsável por 16% da produção mundial diária de petróleo, possuindo ainda a segunda maior reserva hídrica do Mundo, a seguir à Amazónia brasileira.
Ainda referente a países lusófonos, ficou decidido nesta II Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CGG, realizada esta terça feira em Luanda,que o secretário- -executivo da organização vai ser, a partir de Janeiro de 2009, o são--tomense Miguel Trovoada, ex- -presidente da República do arquipélago. A próxima cimeira de chefes de Estado da CGG realiza-se na Guiné-Equatorial.
A Comissão do Golfo da Guiné é integrada por Angola, o Congo Democrático, a República do Congo, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Gabão, Camarões e Guiné Equatorial.