2008-11-24 14:46:30

Recebido pelo Papa o Catholicos da Igreja Apostólica da Arménia, vindo a Roma com uma delegação para uma visita fraterna de vários dias


(24/11/2008) Encontra-se estes dias em Roma, o Catholicos de Cilícia dos Arménios, Aram I, em visita oficial ao Papa e à Igreja de Roma, acompanhado pelos seus arcebispos, dois bispos e três assistentes.
O Patriarca será acolhido também pelo Cardeal Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a promoção da unidade dos cristãos, D. Brian Farrell, secretário do mesmo Conselho, e pelo Padre Joseph Antoine Kélékian, Reitor do Colégio Pontifício Arménio de Roma.

O programa oficial começou na manhã desta segunda-feira, 24, com uma visita à Basílica de São Pedro, onde Aram I fez uma breve oração junto ao túmulo de João Paulo II e uma paragem no Largo São Gregório, o Iluminador, fora da basílica, para uma homenagem a este grande Santo, considerado o apóstolo da Igreja Arménia Apostólica.
Em seguida, Bento XVI recebeu o Catholicos no Palácio Apostólico para uma audiência particular.
No discurso que lhe dirigiu, o Santo Padre evocou a anterior visita deste Catholicos de Cilícia dos Arménios, em Janeiro de 1997, a João Paulo II, e os múltiplos contactos desde então mantidos entre a Igreja Católica e a Igreja Apostólica Arménia.
Recordados os muitos santos, teólogos e mártires desta Igreja ao longo dos séculos, elos de um longo testemunho que – disse o Papa – “culminou no século XX, o qual conheceu um tempo de indescritível sofrimento para o vosso povo”.

“A fé e devoção do povo arménio tem sido constantemente apoiada pela memória de muitos mártires que foram dando testemunho do Evangelho ao longo dos séculos. Possa a graça desse testemunho continuar a modelar a cultura da vossa nação, inspirando nos discípulos de Cristo uma ainda maior confiança na fecundidade e potência salvadora da Cruz”.

Bento XVI referiu com apreço a participação da Igreja Apostólica da Arménia no diálogo ecuménico entre as Igrejas Ortodoxas Orientais e a Igreja Católica e exprimiu a esperança de que o trabalho em curso no seio da Comissão Internacional – sobre “a natureza, a constituição e a missão da Igreja” possa dar importantes resultados no diálogo teológico.

Quase a concluir a sua intervenção, o Papa referiu ainda a sua “profunda preocupação” e as suas “orações quotidianas”. “Como não estar seriamente preocupados com as tensões e conflitos que continuam a frustrar todos os esforços de reconciliação e de paz, a todos os níveis da vida civil e política nesta região?” – exclamou Bento XVI, que referiu também a tristeza perante “a escalada de perseguição e violência contra os Cristãos em algumas zonas do Médio Oriente e noutras partes do mundo”.

“Só quando os países envolvidos puderem determinar o seu destino , e os variados grupos étnicos e comunidades religiosas se aceitarem e respeitarem completamente umas às outras, só então se construirá a paz sobre os sólidos alicerces da solidariedade, da justiça e do respeito pelos legítimos direitos dos indivíduos e dos povos”.

Depois do encontro com o Papa e da troca de presentes, teve lugar um momento de oração comum na Capela Redemptoris Mater, do Palácio Apostólico.

Nesta tarde, o Patriarca arménio irá à Basílica papal de São Paulo fora dos Muros, para uma visita e uma breve liturgia.

Amanhã, terça-feira, o Patriarca terá um encontro com o Cardeal Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos. À tarde, oração de Vésperas na Basílica de São Bartolomeu, na Ilha Tiberina. Nesta ocasião, o Catholicos receberá um memorial dos mártires arménios e participará num momento de oração na Basílica de Santa Maria, em Trastevere, e num jantar na sede da Comunidade católica de Santo Egídio.

O patriarca e a sua comitiva participarão também na audiência geral de Quarta-feira, 26 de Novembro.









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