2008-11-18 17:44:30

INAUGURADO NO VATICANO ENCONTRO SOBRE A VIDA MONÁSTICA


Cidade do Vaticano, 18 nov (RV) - A Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica se reúne a partir de hoje, no Vaticano, para sua plenária que este ano será dedicada ao tema "A vida monástica e o seu significado na Igreja e no mundo de hoje".

No discurso de inauguração, o prefeito da Congregação, cardeal Franc Rodé, recordou que o monaquismo representa a primeira forma de vida religiosa na história da Igreja e permanece ainda hoje um exemplo para qualquer outra forma de vida religiosa e batismal.

Todavia, afirmou o purpurado, é inegável que a vida monástica atravessa hoje um momento de grande dificuldade, não um momento de decadência spiritual, mas de pobreza e de fraqueza: "um momento, portanto, que pode revelar-se como hora pascal. Há comunidades que diminuem e se encaminham inclusive para o fim, mas também comunidades que se renovam", explicou.

Certamente, muitos homens e mulheres, inclusive não-cristãos e ateus, freqüentam hoje as comunidades monásticas, atraídos por um estilo de vida comum e fraterna, pelo serviço perseverante a Deus (opus Dei), que ritma o tempo e os dias, pela hospitalidade oferecida a todos, e pelo espaço de escuta e de silêncio.

"Muitos são os cristãos e os próprios religiosos e religiosas que vão aos mosteiros para renovar a própria fé, para exercitar-se na arte espiritual, para encontrar paz e renovar as forças em vista de sua missão na Igreja e entre os homens. A responsabilidade dos monges, portanto, é grande, e a Igreja espera deles um testemunho límpido e forte da presença de Deus", afirmou o cardeal.

E ele concluiu com um texto eloqüente, quando o profeta Isaías pergunta ao Senhor: "Até quando esta crise?" (cf. Is 6,11), e Ele responde: "Até que ficar um décimo, como o carvalho que, uma vez derrubado, deixa apenas um toco; esse toco será uma semente santa" (cf. Is 6,13).

"Sim, o importante é que a vida monástica seja santa, fiel ao Evangelho: e mesmo que permanecer somente um toco, dele nascerão outros ramos, porque aquele toco é semente santa", afirmou o cardeal.

O purpurado indicou então três pontos que serão debatidos na Plenária: o celibato, o perigo do ativismo e a formação para reencontrar uma teologia sapiencial. (BF)







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