SERVIÇO JESUÍTA PARA REFUGIADOS PORTADOR DE ESPERANÇA
Roma, 14 nov (RV) - Uma mostra fotográfica montada na Igreja de Jesus, em Roma,
faz uma viagem dentro da idéia da missão do Serviço Jesuíta para Refugiados-JRS, presente
hoje em 57 países, serviço que nasce da intuição de Padre Arrupe. A mostra insere-se
no âmbito das comemorações pelo centenário de Pe. Arrupe, hoje.
Ser um refugiado
em geral significa viver à margem da sociedade, sem nenhum peso social ou político.
Ser um refugiado significa encontrar-se em um lugar de sofrimento, distante de tudo
o que é familiar e do que nos torna pessoa; significa viver um sentido de impotência,
de privações, de um cada vez mais profundo desespero.
É aqui, às margens da
humanidade que o JRS se aproxima dos refugiados, escolhendo deliberadamente ir onde
há grande necessidade, procurando individuar “os invisíveis”. É aqui que o JRS dá
o melhor de si, permitindo aos refugiados emergir do estado de desespero e de conservar
viva a sua esperança.
Mas a pergunta é espontânea. O JRS leva a esperança,
ou é ele quem a encontra entre os refugiados? “Existe o bom e o ruim, a alegria e
a dor. Na guerra eu perdi três dos meus sete filhos e agora sou uma refugiada: mas
se tudo isso não tivesse ocorrido eu não teria conhecido pessoas como vocês”. Essas
palavras dirigidas por Antonia, refugiada do Sri Lanka, a um voluntário JRS são a
prova de que a esperança, mesmo gravemente ameaçada, jamais falta.
Muitas vezes
são os mesmos refugiados a pronunciar palavras de consolação, a incentivar os voluntários
do JRS e não ao contrário. A busca de motivos de esperança é um percurso comum que
os refugiados realizam com os voluntários internacionais e com o pessoal local – uma
busca tornar novas todas as coisas.
“Os seres humanos necessitam de um futuro
no qual atingir sua plena dignidade; ou melhor, necessitamos de um futuro absoluto,
de uma “grande esperança” que ultrapasse qualquer outra esperança particular ”. (Congregação
Geral dos Jesuítas 35ª, Decreto 2) (SP)