Roma, 14 nov (RV) - Diante do drama no Kivu congolês, institutos missionários,
entidades e organizações várias criaram o Comitê Inter-congregacional Emergência Congo
(CIEG). O Comitê foi constituído na sede romana da União Internacional Superioras
Gerais e da União Superiores Gerais, onde se realizou um encontro do qual participaram
cerca de 100 religiosos, representantes de entidades e de ONGs presentes na República
Democrática do Congo. O encontro foi moderado pelo padre Rino Benzoni, Superior Geral
dos Xaverianos.
O Comitê Inter-congregacional Emergência Congo – segundo a
agência Misna – está encarregado de recolher e de centralizar informações, apelos,
notícias, iniciativas e sobretudo de elaborar uma “estratégia única e concordada”
dos institutos missionários.
O Comitê, que se reunirá a partir da próxima semana,
deverá nomear as comissões encarregadas de enfrentar os muitos aspectos através dos
quais os institutos missionários pretendem ajudar a população: pressão sobre os meios
de comunicação; coleta de fundos, dias de jejum, manifestações e marchas, um centro
para o arquivo de documentos que favoreça uma informação mais correta sobre o conflito.
Entre
as primeiras iniciativas concordadas ontem está a de uma carta a ser enviada às Conferência
Episcopais do Congo e de Ruanda e às Conferências dos Institutos Religiosos masculinos
e femininos presentes nos dois países. Está também sendo estudada uma série de documentos
para chamar a atenção sobre as responsabilidades – nesta, como também nas crises armadas
que há dez anos afligem o Congo – dos Estados Unidos, Inglaterra, União Européia,
Nações Unidas e das empresas destes dois países que, como demonstram relatórios da
ONU, alimentam os conflitos manobrando indivíduos e setores locais.
O Comitê
deverá ocupar-se também de questões mais concretas e dos problemas mais urgentes que
a população congolesa está enfrentando, começando com a emergência dos deslocados
e da grave falta de alimento que se registra na área de Goma e que, segundo testemunhos
locais, corre o risco de agravar ainda mais uma crise humanitária já fora de controle.
(SP)