2008-11-13 12:16:41

Em Nova Iorque, “conferência para o diálogo entre fé e culturas». O cardeal Jean Louis Tauran pede que os crentes sejam coerentes e crediveis


(13/11/2008) Teve inicio nesta quarta feira, em Nova Iorque, na sede da ONU, a «Conferência para o diálogo entre fé e culturas».
Esta iniciativa promovida pelo Rei saudita Abdullah, integra um percurso de diálogo inter-religioso, iniciado com a visita que o Rei fez ao Papa, a 6 de Outubro, depois da Conferência pan-islâmica de Meca, em Junho, e da Conferência inter-religiosa de Madrid, em Julho passado.
A Conferência em Nova Iorque contarcom a presença de 10 chefes de Estado, seis chefes de Governo, além de numerosas delegações ministeriais. A Santa Sé está presente com uma delegação chefiada pelo Presidente do Conselho Pontifício para o diálogo inter religioso o cardeal Jean Louis Tauran.
Num seu discurso o Card. Tauram salientou a necessidade dos crentes serem coerentes e credíveis. Não podem utilizar a religião para maltratar a liberdade de consciência, para justificar a violência, para propagar o ódio e o fanatismo ou para minar a autonomia do politico e do religioso.
Por outro lado - salientou ainda o Card. Jean Louis Tauran, participando no diálogo publico nas sociedades de que são membros, os crentes sentem-se chamados a cooperar na promoção do bem comum que assenta numa série de valores comuns a todos, crentes ou não crentes: a sacralidade da vida, a dignidade da pessoa humana, o respeito da liberdade de consciência e de religião, liberdade responsável, acolhimento das opiniões dos outros na sua diversidade, o uso justo da razão, o apreço pela vida democrática, a atenção aos recursos naturais, entre outros.
Esta «Conferência para o Diálogo entre as confissões e as culturas» quer difundir um novo clima de optimismo na esfera mundial e no Médio Oriente, tendo em vista as próximas eleições políticas em Israel
Alguns críticos apresentam esta Conferência como uma “exercício de relações públicas”. A organização nova iorquina «Human Rights Watch» quer pressionar o Rei Abdullah a pôr fim à discriminação religiosa na Arábia Saudita.
“Não existe tolerância religiosa na Arábia Saudita, mas o Rei pede que o mundo ouça a sua mensagem de tolerância religiosa”, afirmou à imprensa Sarah Leah Whitson, pertencente ao grupo do Ocidente. “O diálogo deveria incidir sobre os locais onde há menos tolerância religiosa, onde se inclui a Arábia Saudita”.








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