JRS, SERVIÇO JESUÍTA PARA REFUGIADOS, COMPLETA 28 ANOS
Cidade do Vaticano, 10 nov (RV) - Dia 14, sexta-feira próxima, o JRS - Serviço
Jesuíta para Refugiados - completará 28 anos. Esta organização católica internacional
atua em favor de 500 mil refugiados, em 57 países.
Esse serviço surgiu de
um apelo do Pe. Pedro Arrupe, Superior Geral da Companhia de Jesus (1965-1983) ao
se comover com os riscos das viagens clandestinas empreendidas via mar, por refugiados
vietnamitas. Sua missão é acompanhar, servir e defender os direitos de quem é obrigado
a fugir da própria terra.
Em carta dirigida aos Superiores Maiores de toda
a Companhia de Jesus, em 14 de novembro de 1980, data da fundação, Pe. Arrupe escrevia:
"As necessidades espirituais e materiais de aproximadamente 16 milhões de refugiados
hoje espalhados em todo o mundo, dificilmente poderão ser maiores. Deus nos interpela
através dessas pessoas necessitadas de ajuda. Deveremos considerar a oportunidade
de ajudá-las como um privilégio em troca do qual, encherá de bênçãos a nós e a Companhia."
O
JRS destaca-se pelo "ser com" mais do que "fazer para", segundo o ensinamento de Pe.
Arrupe. Seu lugar é estar ao lado daqueles cujas necessidades são mais urgentes e
que são esquecidos pelos outros: nos campos, nas fronteiras, nas regiões de conflito,
nos centros de detenção, no coração das cidades. E é no próprio modo de "ser com"
os refugiados que se aprende o melhor modo de lhes oferecer ajuda prática e espiritual,
assim como defender seus direitos.
No JRS trabalham jesuítas, membros de outras
congregações religiosas e voluntários leigos de todo o mundo, que decidiram colocar
a própria capacidade profissional a serviço dos refugiados. Milhares de refugiados
trabalham com o JRS, principalmente professores. A instrução é o fulcro da atividade
do JRS, de acordo com a linha da tradição jesuíta e com o desejo do Pe. Arrupe, de
privilegiar o crescimento e o futuro e não apenas a sobrevivência. (CA)