Brasília, 08 nov (RV) - A absolvição, em maio, do fazendeiro Vitalmiro Bastos
de Moura, o Bida, acusado de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy
Stang, gerou um clima de impunidade no estado do Pará. A constatação é da religiosa
Rebeca Spires, que trabalhou por mais de trinta anos com Dorothy.
Rebeca esteve
em Brasília em busca de apoio para solução dos crimes cometidos no Pará, e entregou
um relatório ao ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi:
“Sentimos pela nossa irmã e queremos justiça - disse. Mas como o caso dela,
que ficou sem solução, existem milhares de casos de gente anônima que não são elucidados.
E o nosso relatório trás alguns desses anônimos”.
Em fevereiro de 2005, a
missionária Dorothy Stang foi assassinada com seis tiros em Anapu, a 300 quilômetros
de Belém. Ela trabalhava com a Pastoral da Terra e liderava o programa em uma área
autorizada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Seu nome
é conhecido mundialmente na luta contra o desmatamento e a grilagem de terras no Brasil. (CM)