2008-11-06 18:20:50

D. MARCHETTO: IMIGRANTES CLANDESTINOS TAMBÉM TÊM DIREITOS


Bangcoc, 06 nov (RV) - Inicia-se hoje, em Bangcoc, na Tailândia, o encontro "Por uma melhor atenção pastoral dos migrantes e refugiados na Ásia, no limiar do Terceiro Milênio". O evento é promovido pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, em colaboração com a Comissão de Mobilidade Humana da Conferência Episcopal da Tailândia.

Participam do Congresso representantes de quinze países, entre bispos e agentes pastorais. Entre eles, se encontra o secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Dom Agostino Marchetto.

Em entrevista à Rádio Vaticano, Dom Marchetto fala dos aspectos problemáticos desta pastoral para a Federação das Conferências Episcopais Asiáticas:

D. Marchetto:- "Antes de mais nada, é preciso salvaguardar a dignidade humana de migrantes, refugiados e deslocados internos e fazer com que seus direitos humanos e profissionais sejam respeitados. Isso inclui a previdência social e a assistência médica para os trabalhadores migrantes. Há ainda a questão da "migração feminina". As mulheres estão se tornando sempre mais migrantes independentes e a principal fonte de sustento de suas famílias. Em alguns países asiáticos, existem mais mulheres que homens migrantes. Isso muitas vezes significa que devem partir sem os seus filhos."

Para Dom Marchetto, as mulheres migrantes são mais vulneráveis do que os homens nos países de acolhimento, sobretudo nos países em que os direitos das mulheres não são culturalmente reconhecidos. A migração, seja de homens, seja de mulheres, pode gerar famílias frágeis, infidelidade conjugal e dissoluções de matrimônios.

O arcebispo conclui: "Esperamos que este encontro de Bangcoc ajude a entender que migrantes, refugiados e deslocados não devem ser considerados como entidades separadas de suas famílias". (BF)







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