FÓRUM SOBRE A LITURGIA PROMOVE INCULTURAÇÃO DO RITO CATÓLICO DO MARTIMÔNIO NA ÁSIA
Jacarta, 05 nov (RV) - Promover a inculturação do rito católico do matrimônio
na Ásia, valendo-se das possibilidades oferecidas pela segunda edição típica do Ordo
Celebrandi Matrimonium. Com esta indicação se concluiu nos dias passados em Jacarta,
na Indonésia, o 18° Fórum asiático sobre a liturgia. Participaram no encontro 65 liturgistas
de sete países do Sudeste asiático e alguns observadores da Austrália e Taiwan que
discutiram como tornar compreensível e próximo à sensibilidade dos fiéis asiáticos
o rito católico da celebração do matrimônio.
No documento final as Igreja na
Ásia são exortadas “a dar início ao trabalho de inculturação do rito do matrimônio
valendo-se das opções e possibilidades oferecidas pelo segunda edição típica do novo
ritual do matrimônio”, publicada em 1991 pela Congregação para o Culto Divino e a
Disciplina dos Sacramentos.
“Este trabalho – destaca o documento – deveria
ser baseado na teologia do matrimônio cristão, com uma atenção particular à sua natureza
sacramental que exprime o amor de Cristo pela Igreja, a igualdade e responsabilidade
recíprocas dos cônjuges e a tarefa da Igreja de defender e promover a santidade e
a indissolubilidade da união matrimonial”.
Os “Praenotanda” do Rito do Matrimônio
– evidencia o texto – deveriam ser atentamente estudados e os textos e os símbolos
desta segunda edição “examinados nos seus contextos doutrinais, históricos e culturais”.
Duas as propostas feitas pelo Fórum para realizar esta inculturação: a primeira prevê
“o uso de uma equivalência dinâmica através da qual os formulários e os símbolos romanos
sejam expressos nos correspondentes costumes locais revestidos de um significado cristão”.
Na segunda hipótese se propõe a preparação de um rito completamente novo do matrimônio
baseado nos ritos tradicionais locais. A fim de que o novo rito tenha um caráter autenticamente
cristão, o documento recomenda “que a Palavra de Deus seja parte integrante a celebração”.
Este
trabalho de inculturação deveria ser ainda preparado “por uma adequada catequese sobre
o sacramento do matrimônio e por programas específicos para promover a criatividade
e as tradições locais, purificados de práticas supersticiosas e integradas na liturgia”.
Com essa finalidade, o Fórum recomendou o envolvimento de liturgistas que tenham um
profundo conhecimento de línguas e dos usos e costumes locais. As suas conclusões
deveriam ser aprovadas pelas respectivas Conferências Episcopais e submetidas a um
exame da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramenti ou da Congregação
para a Evangelização dos Povos. (SP)