Corrida eleitoral nos EUA chegou ao fim: os americanos escolhem o seu novo Presidente
(4/11/2008) A campanha presidencial nos EUA conhece hoje o seu desfecho. O democrata
Barack Obama conservou até ao último dia a vantagem nas sondagens e, tudo indica,
será o próximo presidente americano. O Republicano John McCain não se dá por vencido,
mas só um apoio maciço na Florida, Indiana, Missouri, Ohio, Nevada e Carolina do Norte
lhe pode dar a vitória. O mundo aguarda a resposta que caberá aos mais de cem
milhões de eleitores aguardados nas assembleias de voto por toda a América, dar. Uma
participação recorde (mais de 80% dos eleitores) que prova o carácter histórico desta
eleição. Antes de mais pelos candidatos: se vencerem os democratas, a América terá
o seu primeiro presidente negro, concretizando assim o sonho de Martin Luther King
e da geração dos direitos civis; se vencerem os republicanos, Sarah Palin, a número
dois de McCain, tornar-se-á na primeira mulher na Casa Branca, outro marco da luta
pela igualdade do género. Depois, pelas circunstâncias: os EUA vivem uma gigantesca
crise económica e combatem em duas guerras no Médio Oriente.
A "urgência da
mudança", como lhe chamou Obama, arrastou para a campanha grupos até agora alheados
das decisões políticas. Jovens, negros, mulheres, todos entraram na campanha e prometem
acorrer às urnas na esperança de fazer a diferença. E num aspecto já o fizeram: o
mapa eleitoral da América mudou nesta corrida à Casa Branca, com os candidatos obrigados
a lutarem por estados que davam como bastiões do seu partido.
Com um presidente
cessante francamente impopular, com a opinião pública esmagadoramente a considerar
que o país avança na direcção errada, há um sentido de urgência nesta eleição que
não encontra paralelo na história recente.