Luanda, 03 nov (RV) - Em vista da visita de Bento XVI a Angola em março de
2009, a Igreja Católica demonstra apreensão com o aumento de seitas e igrejas no país.
O
presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe (CEAST), D. Damião
A. Franklin, admitiu um "acelerado avanço" de várias seitas religiosas.
A resposta
da Igreja Católica, que agrega cerca de 60% dos cristãos angolanos, procurar transmitir
aos próprios fiéis e aos de outras igrejas cristãs "bons exemplos", na tentativa de
angariar mais confiança.
Em Angola, existem 902 igrejas à espera de reconhecimento
jurídico e 83 com estatuto legal. Um número significativo destas organizações é considerado
sem condições para que sejam reconhecidas.
A diretora do Instituto Nacional
para os Assuntos Religiosos (INAR), Fátima Viegas, disse que o governo de Angola considera
um processo "extremamente preocupante" a proliferação de instituições religiosas,
muitas delas longe de preencherem os requisitos mínimos para serem reconhecidas.
Para
a legalização de igrejas, a lei angolana exige, entre outros requisitos, que tenham
um mínimo de 100 mil fieis, todos cidadãos nacionais devidamente identificados.
Outro
quesito tem a ver com representação da confissão religiosa em dois terços do país,
ou em 12 das 18 províncias, além de um conjunto de princípios doutrinários de acordo
com a doutrina que professa. (BF)