Roma, 03 nov (RV) - “Uma crise humanitária distante e esquecida”, que impõe
uma coleta de fundos para ajudar seja a população que se encontra nos atuais centros
de acolhimento, seja aquela que se encontra em fuga. Assim a Cáritas Italiana define
a guerra que voltou a explodir no Norte Kivu, no Congo, após um período de aparente
calma. A região Norte Kivu da República Democrática do Congo, encontra-se no centro
de uma sangrenta guerra civil entre militares regulares e rebeldes, liderados pelo
general ‘Nkunda.
A rede Cártias – lê-se numa nota – havia lançado no início
do mês de outubro um programa de intervenção de urgência em favor de 15 mil novas
famílias desalojadas, em fuga dos seus vilarejos, garantindo durante 5 meses o fornecimento
de barracas, roupas, alimentos e outros gêneros de primeira necessidade para 90 mil
pessoas recolhidas em 5 campos de refugiados.
Caritas Italiana trabalha há
anos em toda a República Democrática do Congo ao lado da Cáritas Nacional em projetos
de emergência, reabilitação e desenvolvimento, em particular em Goma, onde está empenhada
em projetos de micro-crédito, desenvolvimento rural e sanitário.
Entretanto,
os ministros do Exterior de França e Grã Bretanha, Kouchner e Miliband, do Quênia,
onde se encontram, lançaram um comum apelo pela solução das violências em Norte Kivu.
A diplomacia européia expressou a possibilidade de reforçar a força de paz
da ONU, Monuc, e exortou os governos de Kinshasa e de Ruanda, acusados de apoiar os
rebeldes, a iniciarem negociações; um apelo que, se espera, seja ouvido.
Entretanto,
o general ‘Nkunda, poucas horas atrás, pediu negociações imediatas com o governo de
Kinshasa, ameaçando, em caso contrário, continuar o ataque contra o poder central.
Por
sua vez, a emergência humanitária por causa das violências no Norte Kivu é cada vez
mais grave. Seriam pelo menos 1 milhão e 600 mil os refugiados. (SP)