2008-11-03 12:55:29

A vida eterna tem início na medida em que nos abrimos ao mistério de Deus e o acolhemos no meio de nós”, salientou o Papa na Missa celebrada na basílica de São Pedro, em sufrágio pelos cardeais e bispos falecidos nos últimos doze meses.


“Deus é a verdadeira sabedoria, que não envelhece, é a autêntica riqueza que não se deteriora, é a felicidade a que aspira profundamente o coração de cada homem”; “a verdadeira vida, a vida eterna, começa já neste mundo”: recordou-o Bento XVI, na Missa celebrada nesta segunda de manhã, na basílica de São Pedro, em sufrágio pelos cardeais e bispos falecidos nos últimos doze meses.

Comentando as leituras proclamadas, o Papa sublinhou “o contraste entre aquilo que aparece ao olhar superficial dos homens e aquilo que vêem pelo contrário os olhos de Deus”. “O mundo considera que tem sorte quem vive muitos anos; Deus, mais do que a idade, considera a rectidão do coração. O mundo dá crédito aos sapientes e aos doutos, ao passo que Deus tem uma predilecção especial pelos pequenos”. Daqui, uma conclusão:

“Existem duas dimensões da realidade: uma mais profunda, verdadeira e eterna; a outra marcada pela finitude, pela provisoriedade, e pela aparência.”

Ora – fez notar Bento XVI - “estas duas dimensões não se situam numa simples sucessão temporal, como se a verdadeira vida começasse só depois da morte.

“Na realidade, a verdadeira vida, a vida eterna começa já neste mundo, embora na precariedade dos acontecimentos da história. A vida eterna tem início na medida em que nos abrimos ao mistério de Deus e o acolhemos no meio de nós”.

Foi neste contexto que o Papa observou que “é Deus a verdadeira sabedoria que não envelhece… a felicidade a que aspira profundamente o coração de cada um de nós”. A própria morte é portadora de uma salutar advertência, porque nos obriga a olhar de frente a realidade, reconhecendo a caducidade do que aparece grande e forte aos olhos do mundo…

“Tudo acaba, todos neste mundo nos encontramos de passagem. Só Deus tem a vida em si: é a Vida. A nossa é uma vida participada, doada. Por isso o homem só pode chegar à vida eterna graças à relação particular que o Criador lhe deu, consigo”.

Na tarde deste dia 2 de Novembro , que a Igreja consagra á memoria dos fiéis defuntos Bento XVI descera às grutas da Basílica de São Pedro para um momento privado de oração "em sufrágio pelos Sumos Pontífices ali sepultados e por todos os defuntos".







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