2008-11-01 16:32:19

BENTO XVI REZA O ANGELUS E FALA DA BELEZA DA SANTIDADE


Cidade do Vaticano, 1º nov (RV) - “O mundo se parece com um jardim, onde o Espírito de Deus suscitou com admirável fantasia uma multidão de santos e santas, de todas as idades e condições sociais, de todas as línguas, povos e culturas”. É uma mensagem de esperança, as palavras que Bento XVI quis dirigir hoje aos fiéis reunidos na Praça São Pedro para a oração mariana do Angelus, no dia em que se celebra a Festa de Todos os Santos.

“Visitando um horto botânico – disse o Papa - ficamos impressionados diante da variedade de plantas e de flores, e vem espontaneamente pensar na fantasia do Criador que fez da terra um maravilhoso jardim. Análogo sentimento experimentamos quando consideramos o espetáculo da santidade”.

Os Santos recordou o Papa, são diversos um do outro, “com a singularidade da própria personalidade humana e do próprio carisma espiritual”.

“Todos, porém, trazem impresso o sigilo de Jesus, isto é a marca do seu amor, testemunhado através da Cruz. Todos estão alegres, em uma festa sem fim, mas, como Jesus, esta meta eles conquistaram passando através da fadiga e da prova, cada um enfrentando a sua parte de sacrifício para poder participar na glória da ressurreição”, afirmou Bento XVI.

A solenidade de Todos os Santos veio se afirmando durante o primeiro milênio cristão como celebração coletiva dos mártires. Já no ano 609, em Roma, o Papa Bonifácio IV havia consagrado o Panteão, dedicando-o a Nossa Senhora e a todos os mártires. O martírio – disse o Santo Padre - podemos entendê-lo em lato senso, como amor por Cristo sem reservas, amor que se exprime no dom total de si a Deus e aos irmãos.

“Na sua existência terrena, santos e santas – explicou ainda o Papa fazendo referência às bem-aventuranças evangélicas – foram pobres em espírito, sofredores por causa do pecado, mansuetos, famintos e sedentos de justiça, misericordiosos, puros de coração, agentes de paz, perseguidos pela justiça. E Deus partilhou com eles a sua mesma felicidade: provaram esta felicidade já neste mundo e, agora no além, a desfrutam em plenitude. Eles são agora, consolados, herdeiros da terra, saciados, perdoados, podem ver Deus do qual são filhos”.

Em seguida, observou o Papa, “sentimos reavivar-se em nós a atração pelo céu, que nos leva a apressar o passo da nossa peregrinação terrena”:

“Sentimos acender nos nossos corações o desejo de unir-nos para sempre à família dos santos, da qual temos já a graça de fazer parte. Possa essa bonita aspiração arder em todos os cristãos, e ajudá-los a superar toda dificuldade, medo e tribulação”.

O Papa concluiu a sua alocução antes de rezar a oração do Angelus, convidando todos a colocarem a sua mão nas mãos maternas de Maria, Rainha de todos os Santos, e a se deixarem levar por Ela em direção à pátria celeste, em companhia dos espíritos bem-aventurados de todas as nações, povos e línguas. Em seguida Bento XVI recordou que neste domingo comemoramos os nossos caros defuntos, rezou a oração do Angelus e concedeu a todos a sua Benção Apostólica.

Após a oração do Angelus o Papa saudou os fiéis presentes na Praça São Pedro em várias línguas. Falando em italiano Bento XVI fez uma saudação particular às milhares de pessoas, provenientes de toda a Itália, que participaram neste sábado da primeira edição da “Corrida dos Santos”, promovida pela Congregação Salesiana.

“Caros amigos – disse o Papa – vocês partiram de São Pedro e chegaram aqui em São Pedro, passando por São João de Latrão, São Paulo fora dos Muros e Santa Maria Maior. Fico feliz por esta iniciativa que exprime a alegria e também a fadiga de correr juntos no caminho da santidade. Possa toda a nossa vida ser uma “corrida” na fé e no amor, animada pelo exemplo das grandes testemunhas do Evangelho”. (SP)







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