TEMA DA II ASSEMBLÉIA ESPECIAL PARA A ÁFRICA DO SÍNODO DOS BISPOS
Cidade do Vaticano, 30 out (RV) - O Secretário-geral do Sínodo dos Bispos,
Dom Nikola Eterović, declarou ao jornal L’Osservatore Romano, que o tema escolhido
pelo Papa para a II Assembléia Especial para a África será: «A Igreja na África a
serviço da reconciliação, da justiça e da paz: Vós sois o sal da terra... Vós sois
a luz do mundo” (Mt 5, 13-14).
O tema, explicou, “surgiu entre o episcopado
africano nos últimos anos do pontificado de João Paulo II, que em 13 de novembro de
2004, acolheu a proposta. Em junho de 2005, Bento XVI anunciou a sua intenção de convocar
o Sínodo”. Este Sínodo dará continuidade ao primeiro, realizado em 1994.
“Este
será um Sínodo autenticamente africano que, como o anterior, vai contribuir para estimular
a consciência da unidade do continente e favorecer o dinamismo evangélico”, acrescentou
Dom Eterović.
Os católicos africanos estudaram os Lineamenta, publicados
em 2006, em vários idiomas, inclusive em árabe e em swaíli, para preparar o Sínodo.
As respostas já foram enviadas à Santa Sé. Em breve, haverá uma reunião entre o Conselho
Especial para África e a Secretaria geral do Sínodo, para preparar a primeira redação
do Instrumentum Laboris. O texto será entregue pelo Papa aos bispos africanos
em março do próximo ano, durante a sua viagem a Camarões e Angola, como ele anunciou
nestes dias.
O Secretário-geral do Sínodo dos Bispos salientou ainda que “os
Lineamenta têm caráter fortemente cristológico. Embora tenham um conteúdo pastoral
e evangelizador, tratam dos diversos problemas do continente africano. Entre outros
serão abordados temas como os conflitos armados, desequilíbrio entre ricos e pobres,
tráfico de armas, pobreza, fome, respeito das minorias, papel da mulher, exploração
selvagem dos recursos e refugiados”.
Por fim, Dom Nikola Eterović afirmou
ao jornal vaticano que “a reconciliação é uma necessidade prioritária para a África,
onde não faltam progressos, mas também problemas. Sem a paz verdadeira em Cristo,
não pode haver nenhum desenvolvimento cultural ou social. A Igreja deve ser uma voz
profética para a promoção da reconciliação, da justiça e da paz”. (MT)