NO DIA 28 DE OUTUBRO DE 50 ANOS ATRÁS TINHA INÍCIO O PONTIFICADO DE JOÃO XXIII

Cidade do Vaticano, 28 out (RV) - No dia 28 de outubro de 1958, patriarca de Veneza, Cardeal Angelo Roncalli era eleito papa e assumia o nome de João XXIII. Tinha início, assim, um pontificado breve _ apenas cinco anos _ que, todavia, soube renovar profundamente a vida da Igreja e dos fiéis. Basta citar dois fatos históricos de seu pontificado: a convocação do Concílio Ecumênico Vaticano II e a publicação da Pacem in Terris.

Vamos recordar seu anúncio do Vaticano II:

João XXIII:- "Diletos filhos, o Concílio Vaticano II está diante de nós, objeto dos desejos e dos votos, podemos dizer, do mundo inteiro. Nós confiamos no Senhor!"

E suas palavras da mensagem radiofônica de 1961:

João XXIII:- "Todos juntos, rezemos ao Pai da luz e das graças, para que ilumine as mentes e inspire a vontade dos grandes responsáveis pela vida ou pela ruína dos povos. Rezemos pelos próprios povos, para que não se deixem cegar pelos nacionalismos exasperados, e por rivalidades perniciosas, e para que, como exortamos na nossa encíclica Mater et Magistra, se alcance o restabelecimento das relações de convivência social, na verdade, na justiça e no amor."

Para celebrar os 50 anos da eleição do bem-aventurado João XXIII, o cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, celebrou a Eucaristia, no final desta tarde, na Basílica de São Pedro, para cerca de três mil fiéis provenientes da região italiana de origem do Papa Roncalli, aos quais, após a santa missa, Bento XVI dirigiu uma saudação e concedeu a sua bênção apostólica.

O "Papa Bondoso", como é conhecido pelos fiéis, deixou, além da herança de seu magistério, também uma imagem de si mesmo que o torna inesquecível: sempre pronto a ser solidário com os sofrimentos do próximo e a presentear com um sorriso, aqueles que buscavam afeto. Angelo Roncalli foi _ de nome e de fato _ um "anjo bom" na vida dos que o conheceram. Sua existência foi marcada pela convicção de que sem a misericórdia, a mensagem evangélica perde seu significado.

Quanto à encíclica Pacem in Terris: era a primeira vez que um pontífice se dirigia não apenas aos fiéis, mas a todos os homens de boa vontade, pedindo-lhes que se fizessem artífices da paz. Uma paz que, para ser autêntica, deve apoiar-se sobre quatro pilares: verdade, justiça, amor e liberdade. (AF)