2008-10-27 15:41:48

Igreja a favor de uma correcta colaboração com o Estado a favor do bem comum: Bento XVI à nova representante diplomática das Filipinas junto da Santa Sé


(27/10/2008) O “justo cuidado dos trabalhadores migrantes” e uma correcta colaboração entre Igreja e Estado a favor do bem comum – foram dois dos aspectos sublinhados pelo Papa Bento XVI, recebendo nesta segunda-feira de manhã, no Vaticano, as Cartas Credenciais da nova Embaixadora da República das Filipinas, Cristina Castañer-Ponce Enrile.
O Santo Padre começou por sublinhar o sentido da actividade diplomática da Santa Sé, que procura entrar em diálogo com o mundo de modo a “promover os valores universais que decorrem da dignidade humana e encaminhar a humanidade na estrada da comunhão com Deus e uns com os outros”.

“A Igreja está convencida de que Estado e religião estão chamados a apoiarem-se mutuamente, para o bem-estar pessoal e social de todos. Esta cooperação harmoniosa entre Igreja e Estado requer líderes civis e eclesiais que desempenhem os seus deveres públicos com verdadeira preocupação pelo bem comum”.

“Cultivando o espírito de honestidade e imparcialidade, e mantendo como objectivo a justiça – observou ainda o Papa – os líderes eclesiais e civis ganham a confiança das pessoas e fortalecem um sentido de responsabilidade compartilhada por todos os cidadãos para promover uma civilização do amor”.
Em relação aos trabalhadores migrantes provenientes das Filipinas, Bento XVI solidarizou-se com a solicitude das autoridades do país, sublinhando a propósito:

“O justo cuidado dos emigrantes e a promoção de uma solidariedade laboral requer que governos, as agências humanitárias, as pessoas de fé e todos os cidadãos colaborem com prudência e paciente determinação. As políticas nacionais e internacionais devem-se basear em critérios de equidade e equilíbrio. Há que reservar particular atenção para facilitar a reunificação das famílias”.

Bento XVI referiu também a recente adopção, nas Filipinas, de uma reforma agrária, visando elevar a condição de vida dos mais pobres. “Cuidadosamente planificada – reconheceu o Papa – as reformas agrárias podem beneficiar uma sociedade instaurando um clima de responsabilidade comum e estimulando iniciativas individuais”. O Papa fez votos de que com a adopção das medidas que favoreçam a justa distribuição da riqueza e o desenvolvimento sustentável dos recursos naturais, os trabalhadores agrícolas tenham mais oportunidades para incrementar a produção, ganhando assim o suficiente para se sustentarem e às suas famílias.








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