2008-10-27 15:07:46

BENTO XVI À NOVA EMBAIXADORA FILIPINA: SABER DISTINGUIR ENTRE RELIGIÃO E POLÍTICA É UMA CONQUISTA DA CRISTANDADE


Cidade do Vaticano, 27 out (RV) - "A distinção entre religião e política é uma conquista específica da cristandade" e é "uma de suas contribuições históricas e culturais fundamentais": foi o que disse Bento XVI, ao receber em audiência, na manhã desta segunda-feira, a nova embaixadora das Filipinas junto à Santa Sé, Cristina Castañer-Ponce Enrile, para a entrega de suas credenciais.

A Igreja está convencida de que Estado e religião são chamados a amparar-se reciprocamente, para "servir juntos, ao bem-estar pessoal e social de todos".

Bento XVI aproveitou a ocasião de receber em audiência a diplomata filipina, para reafirmar que "a harmoniosa cooperação entre Igreja e Estado exige que os líderes eclesiais e civis desempenhem seus deveres públicos com constante preocupação pelo bem comum".

"Cultivando um espírito de honestidade e imparcialidade, e mantendo no horizonte a finalidade da justiça _ explicou o papa _ os líderes eclesiais e civis conquistam a confiança do povo e aumentam o senso de responsabilidade compartilhada entre todos os cidadãos, na promoção da civilização do amor."

"Todos deveriam ser movidos pelo desejo _ sublinhou ainda, o Santo Padre _ de servir, ao invés de buscar interesses pessoais ou de procurar beneficiar alguns poucos privilegiados." Além disso _ observou _ "os cidadãos deveriam fortalecer as instituições públicas, protegendo-as da corrupção do partidarismo e do elitismo".

Nesse sentido, Bento XVI louvou as numerosas iniciativas empreendidas pela sociedade filipina, a fim de proteger as pessoas mais fracas e, de modo especial, os nascituros, os doentes e os idosos.

A seguir, pediu que o Governo de Manila tivesse particular solicitude para com os trabalhadores imigrados, a fim de que sejam respeitados seus direitos e para que sejam integrados na sociedade, facilitando a possibilidade de que suas famílias possam reunir-se a eles.

O papa fez votos de que a reforma agrária aprovada nas Filipinas, com o objetivo de melhorar as condições dos pobres, possa trazer o tão desejado desenvolvimento econômico e a expansão nos mercados internacionais, e expressou seus mais ardentes auspícios de que tais benefícios possam sem compartilhados pelas populações rurais.

"É encorajador _ concluiu Bento XVI, dirigindo-se à nova embaixadora das Filipinas junto à Santa Sé _ ver que sua nação continua a participar ativamente, de fóruns internacionais em favor do progresso da paz, da solidariedade humana e do diálogo inter-religioso, objetivos nobres que" _ como a própria diplomata indicara pouco antes, em seu discurso _ "estão intimamente ligados ao desenvolvimento humano e à reforma social". (AF)







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