DIRETOR DA RÁDIO VATICANO FALA SOBRE OS CRISTÃOS NO IRAQUE
Cidade do Vaticano, 25 out (RV) - A situação dos cristãos no Iraque – como
também em diversas regiões da Índia – é um caso de emergência gravíssima, que pede
a atenção e a solidariedade de toda a Igreja. É o que escreve no seu editorial desta
semana o diretor da Rádio Vaticano, Pe. Federico Lombardi.
Evidentemente é
todo o povo iraquiano e não somente as comunidades cristãs que sofrem as conseqüências
de décadas de regime opressivo, as conseqüências de uma guerra infausta e da desordem
política e social que seguiu – destaca Pe. Lombardi –, mas as antigas comunidades
cristãs do país são submetidas hoje a uma pressão sistemática e intencional, numa
seqüência impressionante de violências e ameaças.
O caso de Mossul – afirma
o diretor da Rádio Vaticano – nas últimas semanas tornou-se paradigmático. A documentação
citada por instituições humanitárias e agências de imprensa independentes demonstra
que as ameaças que partem de grupos islâmicos extremistas são feitas rua por rua,
casa por casa, com a difusão de mensagens escritas delirantes, como esta: “você deve
deixar a sua casa e sair da região num prazo de 24 horas. Caso contrário, será punido
e castigado justamente e será morto como a nossa religião islâmica ordenou fazer com
aqueles, que como você, veneram a cruz”.
É absolutamente necessário – reafirma
Pe. Lombardi – que os grupos fanáticos fundamentalistas sejam combatidos com decisão.
Ocorre que todos os homens de paz, também no mundo muçulmano, se oponham com força
e clareza a esta horrível violência contra os direitos fundamentais da pessoa.
Fazemos
votos de que as iniciativas de diálogo com o mundo muçulmano – finaliza o diretor
da Rádio Vaticano – seguindo o caminho aberto por João Paulo II e continuado por Bento
XVI, contribuam para afirmar cada vez mais que em nome de Deus não se pode matar e
odiar, mas sim amar e respeitar cada ser humano. (SP)