2008-10-17 12:15:38

Liberdade religiosa expressão de uma dimensão constitutiva da pessoa


(17/10/2008) O Observador permanente da Santa Sé na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), D. Francisco Follo, falou sobre a liberdade religiosa na sessão dedicada aos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem, realizada terça-feira na sede da organização, em Paris.
Recordou que o direito à liberdade religiosa é expressão de uma dimensão constitutiva da pessoa humana, que não pode ser negada ou esquecida. Portanto, não deve ser reconhecida somente no que diz respeito à dimensão do culto ou do ritual em sentido estrito, mas também no que diz respeito à vida humana em geral, no campo da instrução e da informação.
A liberdade de religião não exclui outras dimensões do ser humano, como o da cidadania, mas, ao contrário, é direccionada para o Absoluto, unifica o ser humano em vez de o fragmentar e auspicia uma verdadeira fraternidade entre os homens.
"Quanto mais aumenta a população, mais a questão dos direitos humanos se amplia e se torna complexa, já que se trata de 193 países no mundo, com seis mil línguas e 7.500 etnias. Neste contexto – salientou o arcebispo Francisco Follo - o papel social, e não só privado, da religião é sempre mais reconhecido."
"Os direitos humanos mostraram-se um modo eficaz para preservar a paz no mundo. Por isso, mesmo com uma realidade multiforme e diversificada, não devemos ceder à tentação de interpretações relativistas dos direitos humanos ou de uma fragmentária e irregular aplicação segundo a vontade de quem governa. Isso significaria satisfazer exigências específicas, ignorando as legítimas exigências da pessoa humana, à qual esses direitos foram reconhecidos."








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