Cidade do Vaticano, 15 out (RV) - Nos últimos 40 anos, após o Concílio Vaticano
II, os católicos “extinguiram” a distância que os separava dos protestantes na leitura
da Bíblia: foi o que disse ontem de manhã Dom Vincenzo Paglia, presidente da Federação
Bíblica Católica, apresentando os resultados de uma pesquisa sobre a leitura da Sagrada
Escritura em doze países do mundo.
A pesquisa, que se realizou entre novembro
de 2007 e julho de 2008, levou em consideração 9 países do hemisfério boreal: Estados
Unidos, Reino Unido, Alemanha, Holanda, França, Polônia, Rússia, Espanha, Itália e
3 países do hemisfério austral: Argentina, Filipinas e Hong Kong.
O Concilio
Vaticano II deu impulso à leitura individual e comunitária da Bíblia por parte dos
católicos, uma experiência até então não era muito presente, ao contrário do mundo
protestante, onde o conhecimento direto das Escrituras foi sempre um elemento central
da fé.
Os dados que emergiram – explicou Dom Paglia, destacam o notável caminho
realizado particularmente pelos católicos: nos últimos 40 anos foi extinguida a distância
que se tinha, por exemplo com o mundo protestante”. “Surpreende – acrescentou – a
atenção às Escritura que se verificou na Rússia européia”.
O coordenador da
pesquisa, Luca Diotallevi, explicou que os dados recolhidos “abrem uma fresta” na
diferença da leitura da Bíblia entre católicos e protestantes. (SP)