2008-10-15 14:13:03

Crise financeira e diálogo com a Russia em debate em Bruxelas na reunião de chefes de Estado e de Governo da UE


(15/10/2008) Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia vão debater, nesta quarta e quinta feira em Bruxelas, a actual crise financeira, devendo adoptar uma resposta coordenada, à semelhança da estratégia comum já acordada entre os países membros da Zona Euro.
Depois de os responsáveis governamentais de 15 Estados-membros terem chegado a acordo, domingo passado, em Paris, sobre um plano de acção conjunto para salvar os mercados financeiros, designadamente através de garantias bancárias e injecções de capital na banca, a resposta comum à crise deverá agora ser alargada aos restantes países da União, neste Conselho Europeu de Bruxelas.
Além da crise financeira, incontornavelmente o tema central da reunião, o Conselho Europeu discutirá outros temas «quentes» da actualidade comunitária, como o processo de ratificação do Tratado de Lisboa, na sequência do «não» irlandês, e o pacote energético e de combate às alterações climáticas, que a presidência francesa da UE pretende «fechar» até final do ano. Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia deverão passar para Novembro a decisão de reiniciar o diálogo com a Rússia, sobre a parceria estratégica.
Apesar da notória vontade de reatar relações, a União Europeia vai esperar que Moscovo cumpra integralmente o plano de retirada do território georgiano e tomar uma decisão a tempo da próxima cimeira UE-Rússia, que terá lugar a 14 de Novembro.
Os estados-membros não estão de acordo quanto ao facto de a Rússia estar a cumprir o acordo de cessar-fogo resgatado na presença do presidente da UE, Nicolas Sarkozy, em Agosto.
Os 27 concordam que é necessário voltar ao trabalho em conjunto, se mais não for, para assegurar o fornecimento de energia, já que a Europa depende em grande parte do abastecimento da Rússia.
O adiamento da decisão permite à UE observar as negociações que hoje têm lugar em Genebra sob a alçada das Nações Unidas, que deverão pôr à prova a estabilidade do Cáucaso.








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