O Arcebispo Audrys Backis, presidindo em Fátima a Eucaristia do 13 de Outubro salientou
que os cristãos “aceitando o convite à conversão, à penitência, à oração, podem
mudar o curso da história, o destino da Europa e do mundo”.
(13/10/2008) O Santuário de Fátima encontrava-se hoje repleto de peregrinos, que
ali chegaram de 24 países para participar na peregrinação que assinalou os 91 anos
da aparição da Virgem de Fátima em 13 de Outubro de 1917. Segundo fonte do santuário,
estiveram presentes grupos organizados de países como a Alemanha, Argélia, Austrália,
Brasil, Canadá, Espanha, Itália, Polónia, Suíça e Timor-Leste. As aparições de
Maria na Cova da Iria são “uma prova de amor materno, por Portugal, pela Europa, pelo
mundo inteiro”. Num tempo em que a Europa “nega as suas raízes cristãs”, o Cardeal
Audrys Backis arcebispo de Vilnius, que presidiu esta peregrinação, foi ao Santuário
de Fátima lembrar aos peregrinos que apesar de “haver sempre desculpas para não se
viver uma vida autenticamente crista”, os cristãos têm de “aceitar o convite à conversão,
à penitência, à oração, que podem mudar o curso da história, o destino da Europa e
do mundo”. Na homilia deste 13 de Outubro, o Arcebispo Audrys Backis, assumiu-se
como peregrino e dirigiu-se aos peregrinos lembrando que a oração Ave Maria surge
espontaneamente em muitos locais do mundo “nos lábios dos fiéis de qualquer idade,
sejam crianças, adolescentes, adultos, idosos e mesmo moribundos”. As aparições, apontou
o Cardeal, “são uma prova do seu amor materno por Portugal, pela Europa, pelo mundo
inteiro”. Referiu que cada cristão sente o perigo de procurar mil desculpas perante
as exigências de uma vida autenticamente cristã. No entanto, “hoje, mais do que nunca,
sente-se a necessidade de um corajoso testemunho cristão para conservar uma fé robusta
perante os perigos da indiferença ou da ignorância”, apontando a importância de não
“sermos surdos à voz de Deus”. D. Audrys Backis sublinhou a importância do sim
às promessas do baptismo, na “consciência de formarmos uma comunidade de irmãos e
irmãs”, pois “a nossa fé em Deus não se reduz a uma relação privada, íntima com Deus,
mas deve permear toda a nossa vida, vida pessoal, vida em família, vida na Igreja,
vida na sociedade, procurando o bem comum”. E pediu mais empenho aos cristãos.
“O cristão não pode permanecer passivo, indiferente, mas deve empenhar-se na construção
de um mundo mais justo e mais fraterno”, indicou, recordando o continente europeu
que “esquece as suas raízes cristãs, onde se defendem ideias e mesmo ideologias contrárias
ao direito natural”. Mas também “no mundo inteiro, vemos em cada dia imagens de
guerra, de terrorismo, crianças que morrem de fome, populações inteiras reduzidas
a uma extrema insegurança e miséria, às quais devemos oferecer a nossa solidariedade”.
O Arcebispo de Vilnius acredita que as aparições de Fátima assumem um significado
único e profético. “Maria intervém na história do continente europeu, advertindo-nos
para os perigos terríveis do comunismo ateu, que semeou tanto mal, ódio, guerras no
século passado”, recordou . “Maria dirigiu um convite forte à conversão, à penitência,
à oração, que podem mudar o curso da história, o destino da Europa e do mundo”, indicou.
As cerimonias desta peregrinação internacional de 13 de Outubro tinham começado
neste domingo ao fim da tarde com uma saudação aos peregrinos na Capelinha das Aparições.
A noite ficou marcada pela habitual procissão das velas e a celebração da Missa. Na
homilia o cardeal Audrys Backis comentando o Evangelho – com a parábola do banquete
nupcial, salientou aquela que é a nossa resposta. Prosseguindo
a sua homilia o arcebispo de Vilnius salientou a resposta generosa que foi dada pelos
dois pastorinhos Jacinta e Francisco já beatificados, convidando a seguir o seu exemplo..