2008-10-12 14:24:15

Na Praça de São Pedro, Bento XVI proclamou quatro novos Santos: Á generosidade de Deus deve responder a livre adesão do homem, salientou na homilia da Missa


(12/10/2008) Numa Eucaristia presidida na Praça de São Pedro, neste domingo de manhã, Bento XVI proclamou quatro novos Santos: Gaetano Errico, Maria Bernarda Butler, Alfonsa da Imaculada Conceição e Narcisa de Jesus Martillo Morán. Na homilia, partindo das leituras do dia, o Papa fez notar que “a liturgia no-los apresenta com a imagem evangélica dos convidados revestidos com a veste nupcial”.

“Se a primeira Leitura exalta a fidelidade de Deus à sua promessa, o Evangelho – com a parábola do banquete nupcial, faz-nos reflectir sobre a resposta humana”. “À generosidade de Deus deve responder a livre adesão do homem”.

“É precisamente este o generoso caminho percorrido também por aqueles que hoje veneramos como santos. No baptismo receberam a veste nupcial da graça divina, conservaram-na pura ou purificaram-na, tornando-a esplêndida no decurso da vida mediante os Sacramentos”.

A começar pela Eucaristia e também pela Reconciliação sacramental, um ministério sempre actual, a que se dedicou com assiduidade e paciência, sem se poupar, o padre Gaetano Errico, fundador da Congregação dos Missionários dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria. “A rua e o confessionário foram os lugares privilegiados da acção pastoral deste novo santo. A rua permitia-lhe encontrar as pessoas… e no confessionário tornava possível o encontro com a misericórdia do Pai celeste”…

“Quantas feridas da alma ele sanou assim! Quantas pessoas ele levou a reconciliarem-se com Deus mediante o Sacramento do perdão! Desse modo são Gaetano Errico se tornou um perito na ciência do perdão, e se preocupou de a ensinar aos seus missionários”.

Evocado seguidamente o exemplo de vida de Madre Maria Bernada, suíça de origem, religiosa capuchinha aos 21 anos, e que aos 40 acolheu a vocação missionária, partindo para o Equador, passando depois à Colômbia.

“Dócil à Palavra de Deus, seguindo o exemplo de Maria, fez como os criados de que fala o relato do Evangelho que escutámos. Foi por toda a parte proclamando que o Senhor convida a todos à sua festa. Fazia assim os outros participantes do amor de Deus ao qual ela dedicou toda a sua vida com fidelidade e alegria.

Bento XVI referiu seguidamente o exemplo da Irmã Alfonsa da Imaculada Conceição, cuja vida comportou grandes sofrimentos físicos e espirituais…

“Esta mulher excepcional, hoje oferecida a toda a população da Índia como sua primeira santa, tinha a convicção de que a sua cruz era um dos melhores meios para alcançar o banquete celeste para ela preparado pelo Pai. Aceitando o convite para a festa de núpcias, e adornando-se com a veste da graça de Deus através da oração e da penitência, ela conformou a sua vida à de Cristo e agora delicia-se com os pratos suculentos e vinhos deliciosos do reino dos céus”.

Finalmente, a jovem leiga equatoriana Narcis ade Jesus Martillo Moran, “exemplo acabado de uma resposta pronta e generosa ao convite que o Senhor nos faz a participar do seu amor”. “Santa Narcisa de Jesus mostra-nos um caminho de perfeição cristão acessível a todos os fiéis” sublinhou o Papa.

“Apesar das abundantes e extraordinárias graças recebidas, a sua existência decorreu com grande simplicidade, dedicada ao trabalho de costureira e ao apostolado de catequista. No seu amor apaixonado a Jesus, que a levou a empreender um caminho de intensa oração e mortificação, e a identificar-se cada vez mais com o mistério da cruz, oferece-nos um testemunho atraente e um exemplo acabado de uma vida totalmente dedicada a Deus e aos irmãos”.











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