Na Praça de São Pedro, Bento XVI proclamou quatro novos Santos: Á generosidade de
Deus deve responder a livre adesão do homem, salientou na homilia da Missa
(12/10/2008) Numa Eucaristia presidida na Praça de São Pedro, neste domingo de manhã,
Bento XVI proclamou quatro novos Santos: Gaetano Errico, Maria Bernarda Butler, Alfonsa
da Imaculada Conceição e Narcisa de Jesus Martillo Morán. Na homilia, partindo das
leituras do dia, o Papa fez notar que “a liturgia no-los apresenta com a imagem evangélica
dos convidados revestidos com a veste nupcial”.
“Se a primeira Leitura exalta
a fidelidade de Deus à sua promessa, o Evangelho – com a parábola do banquete nupcial,
faz-nos reflectir sobre a resposta humana”. “À generosidade de Deus deve responder
a livre adesão do homem”.
“É precisamente este o generoso caminho percorrido
também por aqueles que hoje veneramos como santos. No baptismo receberam a veste
nupcial da graça divina, conservaram-na pura ou purificaram-na, tornando-a esplêndida
no decurso da vida mediante os Sacramentos”.
A começar pela Eucaristia e
também pela Reconciliação sacramental, um ministério sempre actual, a que se dedicou
com assiduidade e paciência, sem se poupar, o padre Gaetano Errico, fundador da Congregação
dos Missionários dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria. “A rua e o confessionário
foram os lugares privilegiados da acção pastoral deste novo santo. A rua permitia-lhe
encontrar as pessoas… e no confessionário tornava possível o encontro com a misericórdia
do Pai celeste”…
“Quantas feridas da alma ele sanou assim! Quantas pessoas
ele levou a reconciliarem-se com Deus mediante o Sacramento do perdão! Desse modo
são Gaetano Errico se tornou um perito na ciência do perdão, e se preocupou
de a ensinar aos seus missionários”.
Evocado seguidamente o exemplo de vida
de Madre Maria Bernada, suíça de origem, religiosa capuchinha aos 21 anos, e que aos
40 acolheu a vocação missionária, partindo para o Equador, passando depois à Colômbia.
“Dócil à Palavra de Deus, seguindo o exemplo de Maria, fez como os criados
de que fala o relato do Evangelho que escutámos. Foi por toda a parte proclamando
que o Senhor convida a todos à sua festa. Fazia assim os outros participantes do amor
de Deus ao qual ela dedicou toda a sua vida com fidelidade e alegria.
Bento
XVI referiu seguidamente o exemplo da Irmã Alfonsa da Imaculada Conceição, cuja vida
comportou grandes sofrimentos físicos e espirituais…
“Esta mulher excepcional,
hoje oferecida a toda a população da Índia como sua primeira santa, tinha a convicção
de que a sua cruz era um dos melhores meios para alcançar o banquete celeste para
ela preparado pelo Pai. Aceitando o convite para a festa de núpcias, e adornando-se
com a veste da graça de Deus através da oração e da penitência, ela conformou a sua
vida à de Cristo e agora delicia-se com os pratos suculentos e vinhos deliciosos do
reino dos céus”.
Finalmente, a jovem leiga equatoriana Narcis ade Jesus Martillo
Moran, “exemplo acabado de uma resposta pronta e generosa ao convite que o Senhor
nos faz a participar do seu amor”. “Santa Narcisa de Jesus mostra-nos um caminho de
perfeição cristão acessível a todos os fiéis” sublinhou o Papa.
“Apesar das
abundantes e extraordinárias graças recebidas, a sua existência decorreu com grande
simplicidade, dedicada ao trabalho de costureira e ao apostolado de catequista. No
seu amor apaixonado a Jesus, que a levou a empreender um caminho de intensa oração
e mortificação, e a identificar-se cada vez mais com o mistério da cruz, oferece-nos
um testemunho atraente e um exemplo acabado de uma vida totalmente dedicada a Deus
e aos irmãos”.