2008-10-11 17:20:56

CONCLUÍDA NESTE SÁBADO A PRIMEIRA SEMANA DE TRABALHOS DA ASSEMBLÉIA SINODAL


Cidade do Vaticano, 11 out (RV) - Neste sábado em que a Igreja recorda os 46 anos do início do Concílio Vaticano II, inaugurado no dia 11 de outubro de 1962, a XII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, sobre "A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja", em andamento no Vaticano, chegou, esta manhã, à sua décima congregação geral, que se concluiu com o pronunciamento de dois delegados fraternos: o Arquimandrita Ignatios Sotiriadis, representando a Igreja Ortodoxa grega, e o Ir. Alois Löser, religioso alemão, prior da Comunidade Ecumênica de Taizé.

A sociedade atual exige de todos os cristãos, católicos, ortodoxos, protestantes e anglicanos um testemunho comum, sinal de uma visível unidade. E foi exatamente sobre essa exigência que versou o pronunciamento do Arquimandrita Ignatios. Ele reiterou também a necessidade de se cultivar o respeito por todo ser humano, independentemente de sua raça ou religião. Por sua vez, o Ir. Alois Löser auspiciou que sejam dados novos passos rumo a um ecumenismo espiritual e a uma maior atenção à sede religiosa dos jovens.

Os jovens foram o ponto central de diversos pronunciamentos dos padres sinodais, esta manhã, uma vez que _ salientou-se _ eles representam um dos maiores desafios para a proclamação da Palavra de Deus, e necessitam muito mais de testemunhos do que de mestres. A tarefa da Igreja, portanto _ sublinharam os padres sinodais _ deve ser a de aproximar-se dos jovens e ensiná-los a suportar tudo o que acontece com eles e em torno deles, ajudando-os a reler tais eventos à luz da Palavra de Deus.

Entre os temas relevantes abordados nesta décima congregação geral, destacamos os tocantes testemunhos sobre as perseguições de que são vítimas os cristãos.

A sessão da tarde de ontem foi monotemática: toda dedicada à exortação apostólica pós-sinodal Sacramentum Caritatis, de Bento XVI. O cardeal-patriarca de Veneza, Angelo Scola, se encarregou de apresentar um detalhado relatório sobre esse documento, baseado nas respostas a um questionário enviado, no início do ano, pela Secretaria Geral do Sínodo, a todas as conferências episcopais.

De modo geral, as respostas dizem que a Sacramentum Caritatis teve boa receptividade em todos os continentes, até mesmo graças às traduções nas línguas locais. Como aconteceu na Indonésia, onde o documento do magistério pontifício foi traduzido pelo arcebispo coadjutor de Medan, Dom Anicetus Sinaga, que nos conta a sua experiência...

Dom Anicetus Sinaga:- "O documento é muito interessante. Primeiramente, fala do amor de Deus por toda a vida. Deus deu seu corpo e seu sangue pela salvação dos homens. Em todas as religiões do mundo, não se encontra o mesmo sentido do amor. Deus oferece a si mesmo pelos homens e isso não se encontra em nenhuma outra religião. O papa fez com que se falasse da caridade humana e isso é muito tocante. O documento é para todos os homens e não apenas para o mundo católico. É dirigido a todos."

P. O que o senhor espera que esta assembléia sinodal possa fazer pelos cristãos da Indonésia?

Dom Anicetus Sinaga:- "Deste Sínodo, eu espero três coisas: pregar o Evangelho às tribos indonésias, que esperam por essa pregação. A preparação dos sacerdotes, formando-os através do Verbo de Deus e da educação. E por último, praticar o culto divino dominical e difundir a Palavra do Senhor. Devemos fazer uma síntese entre a missa e o culto da Palavra de Deus. É isso que espero deste Sínodo."

No seu pronunciamento, embora louvando a acolhida que a Sacramentum Caritatis obteve em todo o mundo, o Cardeal Angelo Scola não deixou de sublinhar a dificuldade de se encontrar esse documento pontifício em alguns países da América Latina, da Europa central e da Ásia, assim como uma "timidez" em propor a dimensão social da ação eucarística. (AF)







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