Jerusalém, 08 out (RV) - O mosteiro de Deir al-Sultan, construído sobre o teto
da Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, corre o risco de desabar.
O alarme
foi lançado pelo engenheiro encarregado da segurança do local que controlando recentemente
a estrutura, afirmou que o complexo representa um perigo para vida humana.
As
duas capelas e os pequenos cômodos que formam o complexo do mosteiro, habitado pelos
monges da Igreja Ortodoxa etíope, estão no centro de uma disputa com a Igreja Copta
que reivindica a propriedade. A estrutura agora poderá ceder e ferir turistas e peregrinos,
além dos monges que ali vivem.
Além disso, a Basílica do Santo Sepulcro, símbolo
ilustre da tradição cristã na Terra Santa, corre sérios riscos. Segundo o Novo Testamento,
a Basílica foi construída no local onde Jesus foi crucificado, sepultado e ressuscitado.
A estrutura poderá ser danificada caso se verifique o desmoronamento do mosteiro.
O Ministro do Interior israelense, Meir Sheetrit, propôs uma obra de restauração
a fim de evitar o desmoronamento da estrutura. Porém, a Igreja copta e a Igreja ortodoxa
etíope devem chegar a um acordo. Tal conjectura foi considerada inaceitável pelo arcebispo
Matthias, líder da Igreja ortodoxa etíope, que numa carta endereçada ao Ministro israelense
do Interior afirma que "não será reconhecido algum direito "à Igreja copta sobre o
mosteiro de Deir al-Sultan". Tudo então permanece parado por causa da falta de um
acordo entre as duas Igrejas. (MJ)