2008-10-05 15:05:04

Beatificados, neste sábado, em Trieste e em Vigevano, norte da Itália, dois servos de Deus italianos: Francesco Bonifacio, sacerdote e mártir (1912-1946) e Francesco Pianzola (1881-1943) devoto do Evangelho. Os ritos de beatificação foram pronunciados respectivamente pelo novo Prefeito da Congregação da Causa dos Santos, Mons. Angelo Amato e pelo Prefeito Emérito da mesma Congregação, Cardeal Saraiva Martins


Ontem, 4 de Outubro, festa de São Francisco de Assis, foram elevados às honras dos altares, dois servos de Deus, ambos italianos, de nome Francisco: Francesco Giovanni Bonifacio, sacerdote e mártir, da cidade de Trieste, bem no Norte da Itália, e Francesco Pianzola, de Vigevano, também no Norte do país.
Francesco Giovanni Bonifácio nasceu em Pirano d’Istria, localidade de Trieste, em 1912 e foi morto em Setembro de 1946 em Villa Gardossi, onde, com fervor juvenil desempenhara o ministério pastoral, testemunhando com coragem os eternos valores da fé. Era um período difícil, marcado pela segunda guerra mundial, por movimentos de resistência, tudo acompanhado de destruições e de morte. Francisco Giovanni Bonifácio foi preso por milícias de Tito por causa da sua fé, torturado e morto. Os seus restos nunca foram encontrados.
É, portanto, com o título de mártir e de sacerdote que Francisco é apresentado hoje à veneração dos fieis – disse o Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Mons. Ângelo Amato : como sacerdote, que se dedicou incansavelmente aos irmãos, sobretudo os mais necessitados e jovens, e como mártir, por se ter tornado testemunha da fé da Igreja, morrendo por ela. Costumava dizer: “vivemos em tempos heróicos; somos heróicos para ser santos, se necessário, até ao martírio”. Ele proclama hoje, com a eloquência da seu sangue, que Jesus Cristo é a verdadeira vida. E que quem não tem a coragem de morrer pela própria fé é indigno de a professar. O seu testemunho heróico merece, portanto, ser imitado no nosso dia-a-dia, sublinhou o Prefeito, acrescentando que ainda hoje a Igreja é perseguida. E deu o exemplo da Índia, da China, da Arábia Saudita, do Afganistão, da Coreia do Norte, da Mauritânia, países onde a liberdade religiosa é inexistente ou limitada. A causa disto é que – disse – as trevas têm medo da luz, a mentira tem medo da verdade. O que fazer perante isto? – perguntou-se, respondendo que é preciso ser fortes e perseverantes no caminho indicado por Cristo.
A missa de beatificação de Francesco Giovanni Bonifácio - que teve lugar sábado à tarde na mesma catedral de S. Justo, em Trieste, onde ele fora ordenado sacerdote em 1936 – foi presidida pelo bispo local, enquanto o rito de beatificação a cargo do Prefeito da Congregação da Causa dos Santos que, no final, pronunciou as palavras a que acabamos de referir.
Tocou, pelo contrário, ao Prefeito emérito da mesma Congregação, Cardeal José Saraiva Martins, proclamar beato Francesco Pianzola. Foi também no sábado à tarde, desta vez em Vigevano. Na homilia, o cardeal pôs em realce a figura deste servo de Deus que se distinguiu pela sua santidade e paixão pelo Evangelho. “É necessário voltar ao Evangelho. Mmodelando a nossa vida na dos Santos encontraremos aquela paz e aquele bem que não é dom dos homens, masque desce dos céus esse pesa só na consciência da História” - dizia Francesco Pianzola. A partir de hoje – frisou o Cardeal Saraiva Martins, temos o exemplo de mais este beato que nos ajudará a voltar realmente ao Evangelho.
Francesco Pianzola viveu entre 1881 e 1943 em Lomellina, na região italiana da Lombardia. Fundou em 1908 os Oblatos Diocesanos da Imaculada, através dos quais levava o Evangelho às famílias na próprias casas e nos ambientes de trabalho.








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