Freising, 03 out (RV) - Entre os dias 1 e 4 de setembro último, no Bildungszentrum
Kardinal-Döpfner-Haus a Freising, na Alemanha, realizou-se o VI Congresso Mundial
da Pastoral para os Ciganos, promovido pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os
Migrantes e os Itinerantes, em parceria com a Conferência Episcopal Alemã. Os 150
delegados - arcebispos, bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos, religiosas, agentes
pastorais leigos e representantes dos Ciganos -, provenientes de 26 países europeus,
da América Latina e da Ásia, aprofundaram o tema: “Os jovens ciganos na Igreja e na
sociedade”.
Através deste tema, o Congresso quis dar destaque ao papel que
a jovem geração cigana pode desempenhar na promoção humana e cristã do seu próprio
povo. Durante os quatro dias de estudo, os participantes consideraram as necessidades
espirituais e materiais dos jovens ciganos, inclusive para denunciar as situações
desvantajosas que objetivamente pesam sobre eles, e para favorecer uma integração
autêntica e uma maior participação deles nos projetos e nas decisões e atividades
que se lhes concernem. Procurou-se, ainda, identificar modos mais adequados com os
quais apoiar a sua formação humana, profissional e religiosa.
A abertura
do Congresso, no dia 1º de setembro, foi precedida de uma Coletiva de Imprensa de
apresentação do tema da reunião por parte do Arcebispo Agostino Marchetto, Secretário
do Pontifício Conselho, e do Bispo Norbert Trelle, Promotor Episcopal da Pastoral
para os Ciganos na Alemanha.
A sessão de apertura, durante a qual foram apresentadas
calorosas saudações das Autoridades eclesiásticas e civis, foi presidida por Dom Norbert
Trelle. O Arcebispo Marchetto leu antes a Mensagem-Telegrama, enviada pelo Santo Padre
para a ocasião, na qual o Pontífice fazia votos de que o encontro “suscite renovado
compromisso ao apoio integração na Igreja e na sociedade dos jovens ciganos”. Falou,
a seguir, o Representante Pontifício na Alemanha, Sua Excelência Dom Jean-Claude Périsset,
o qual lembrou aos participantes em primeiro lugar que o trabalho que estavam prestes
a desenvolver deve ter como fundamento o reconhecimento da dignidade do homem. Ele
lembrou, a seguir, o lugar proeminente de Cristo na vida de todo fiel e na pastoral
da Igreja.
O Congresso ofereceu aos participantes ampla possibilidade para
discutir a problemática dos jovens ciganos, nos seus vários aspectos, por ocasião
dos grupos de estudo, nos debates e nas discussões cujos resultados foram recolhidos
numa série de conclusões e recomendações.
Uma evidência : os jovens são o
futuro. Quem quer que sejam, Ciganos ou Gadjé, devemos considerá-los na sua dignidade
e dar-lhes uma ocasião de serem um recurso para a Igreja e a Sociedade. Os jovens
Ciganos, mesmo em plena mutação, continuam sendo portadores de valores que devemos
descobrir para nos enriquecermos.
A Igreja tem muito a dizer aos jovens e os
jovens têm também muitas coisas a dizer à Igreja. Este diálogo recíproco, que se deve
conduzir com grande cordialidade, na clareza, com coragem, favorecerá o encontro das
gerações e os intercâmbios, e será fonte de riqueza e de juventude para a Igreja e
para a sociedade civil. (SP)