2008-10-02 18:25:43

BENTO XVI A BISPOS ASIÁTICOS: ASSEGURAR A LIBERDADE RELIGIOSA EM BENEFÍCIO DE TODA A SOCIEDADE


Cidade do Vaticano, 02 out (RV) - Assegurar a liberdade religiosa, em benefício de toda a sociedade: foi o que disse o papa aos bispos da Ásia Central, recebidos em visita "ad Limina" esta manhã, no Vaticano. O Santo Padre se referiu aos fiéis daquela região do mundo como um "pequeno rebanho" que soube manter forte a própria fé, mesmo nos anos do regime soviético.

A Igreja não impõe, mas propõe livremente a fé católica e pede que seja garantida a liberdade religiosa, afirmou o pontífice, reservando palavras de encorajamento a esse "pequeno rebanho" da Ásia central.

Bento XVI exortou os bispos asiáticos a defenderem os direitos da pessoa e a liberdade religiosa, diante de fenômenos como o terrorismo, que preocupam a sociedade atual, e do aumento do fundamentalismo. O papa sublinhou a necessidade de promover a aprovação de leis capazes de combater tais flagelos.

"Jamais, porém _ advertiu o papa _ a força do Direito pode transformar-se, ela mesma, em iniqüidade; nem pode ser limitado o livre exercício das religiões, porque professar livremente a própria fé é um dos direitos humanos fundamentais, universalmente reconhecidos."

O papa observou que a Igreja "não impõe, mas propõe livremente a fé católica, consciente de que a conversão é um fruto misterioso da ação do Espírito Santo".
"A fé é dom e obra de Deus. Exatamente por isso _ recordou o pontífice _ "a Igreja proíbe severamente obrigar quem quer que seja a abraçar a fé". Uma pessoa pode abrir-se à fé, após uma madura e responsável reflexão, e deve poder realizar livremente essa íntima inspiração."

O pontífice explicou que esse processo de conversão beneficia não apenas o indivíduo, mas também toda a sociedade, uma vez que "a fiel observância dos preceitos divinos ajuda a construir uma convivência mais justa e solidária". Bento XVI dirigiu palavras de encorajamento aos bispos e ao "pequeno rebanho" de fiéis da Ásia Central, recordando as graves dificuldades que viveram no passado recente, e enaltecendo o comportamento de firmeza na fé, que souberam manter.

"Agradecemos ao Senhor que _ apesar das duras pressões exercitadas durante os anos do regime ateu e comunista _ a chama da fé tenha permanecido viva no coração dos fiéis, graças è abnegação de zelosos sacerdotes, religiosos e leigos" _ disse Bento XVI.

O Santo Padre recordou que as primeiras comunidades cristãs, embora pequenas, não se deixavam desencorajar nem se fechavam em si mesmas. Ao contrário, "impulsionadas pelo amor a Cristo, não hesitaram em assumir as dificuldades dos pobres, e ir ao encontro dos doentes, anunciando e testemunhando a todos, com alegria, o Evangelho".

"Também hoje, como naqueles tempos _ sublinhou Bento XVI _ é o Espírito Santo a conduzir a Igreja. Deixem-se, portanto, guiar por Ele, e mantenham viva, no povo cristão, a chama da fé; conservem e valorizem as válidas experiências pastorais e apostólicas do passado."

Concluindo, o papa exortou os pastores centro-asiáticos a educarem todos à escuta da Palavra de Deus, a suscitar "especialmente nos jovens" o amor para com a Eucaristia, e a devoção mariana, difundindo nas famílias, a oração do terço. E convidou-os a buscarem "novas formas e métodos de apostolado", envolvendo sempre mais sacerdotes, religiosos e leigos. (AF)







All the contents on this site are copyrighted ©.