Castel Gandolfo, 30 set (RV) - No próximo dia 10 de outubro, o secretário-geral
do Governatorato do Vaticano, Dom Renato Boccardo, assinará, em São Petersburgo, Rússia,
um protocolo de adesão da Gendarmaria Vaticana à Interpol, organização que reúne os
corpos de polícia internacionais.
Foi o que anunciou o comandante da Gendarmaria
Vaticana, Domenico Giani, por ocasião da celebração da festa de São Miguel Arcanjo,
nesta segunda-feira, padroeiro do Corpo da Guarda Vaticana. Estavam presentes, na
vila pontifícia de Castel Gandolfo, cerca de 500 pessoas, entre autoridades civis
e militares.
Desde o final de 2006, a Guarda Vaticana participa dos encontros
dos chefes de polícia dos países da Organização para a Segurança e a Cooperação na
Europa (OSCE). Domenico Giani explicou também, que existe um projeto de cooperação,
atualmente em fase de estudo, com a polícia italiana, dado o crescimento do crime.
A
festa da Guarda de Estado da Cidade do Vaticano, abrilhantada por um concerto executado
pela Banda do Corpo Militar, começou com a celebração da santa missa, oficiada pelo
presidente do Governatorato da Cidade do Estado da Cidade do Vaticano, Cardeal Giovanni
Lajolo, e pelo capelão da Gendarmaria, Mons. Giulio Viviani.
Após a bênção
e a entrega do novo estandarte da Gendarmaria, símbolo da unidade e da dedicação ao
papa, a cerimônia prosseguiu, com a projeção de um vídeo sobre a história e as atividades
do corpo militar.
Bento XVI fez-lhes uma breve saudação, na qual expressou
sua gratidão pela competência e pela dedicação com que os guardas prestam serviço
à Igreja.
O nascimento da Gendarmaria Vaticana remonta a 1816, quando Pio VII,
para reestruturar os serviços de ordem pública, de segurança e de polícia judicial
já existentes no Estado pontifício, criou o Corpo dos Carabineiros Pontifícios, denominação
modificada por Pio IX, em 1850, ficando, por fim, a ser Gendarmaria Vaticana.
A
principal tarefa do corpo militar é cuidar da segurança e da ordem pública, levar
a cabo as tarefas institucionais de polícia, incluindo a custódia das fronteiras,
assim como da polícia judicial e tributária, para a segurança dos lugares e das pessoas.
Atualmente,
a Gendarmaria Vaticana conta 160 guardas, todos de nacionalidade italiana. Entre eles,
há pessoas altamente especializadas em ações antiterroristas, anti-sabotagem e em
todas as atividades de prevenção, como também especialistas no setor informático e
na vídeo-vigilância.
Em território italiano, a proteção do papa é garantida
pela Inspetoria Geral de Segurança Pública. Fora da Itália, a Gendarmaria colabora
com a polícia dos diferentes países que hospedam o pontífice em suas viagens. (MT)