CONCLUSÃO DA VISITA "AD LIMINA" DOS BISPOS DO URUGUAI
Castel Gandolfo, 26 set (RV) – O Papa Ratzinger pronunciou, esta manhã, na
Residência Apostólica de Castel Gandolfo, um discurso aos Bispos do Uruguai, na conclusão
da sua visita qüinqüenal “ad Limina apostolorum”.
Bento XVI recordou que a
visita aos túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo é sempre uma ocasião privilegiada para
aprofundar a origem e o sentido do ministério dos sucessores dos Apóstolos, fiéis
transmissores da mensagem evangélica.
A presença dos bispos em Roma, a cada
cinco anos, para a apresentação dos relatórios de suas respectivas igrejas locais,
disse o Papa, é motivo também de maior comunhão com o Sucessor de Pedro e com a Igreja
de Roma.
O Pontífice animou os bispos uruguaios a prosseguirem na sua tarefa
de promover o conhecimento e a meditação da Sagrada Escritura, expondo-a fielmente
nas pregações e catequeses, nas salas de aula das escolas; alentou-os a fomentar uma
vocação cristã mais consciente, firme e segura. E acrescentou:
Encorajo-os
nesta tarefa, da qual devem participar seus fiéis e comunidades eclesiais, para um
maior impulso evangelizador e missionário, proposto pela Conferência de Aparecida.
A
Palavra de Deus também deve ser fonte e conteúdo indispensáveis do ministério episcopal
e dos pregadores do Evangelho, sobretudo, hoje, quando tantas vozes procuraram cancelar
Deus da vida pessoal e social.
Por isso, o Papa insistiu para que os pastores
uruguaios transmitam a fé da Igreja na sua integridade, com coragem e persuasão, sem
renunciar a proclamar, explicitamente, os valores morais da doutrina católica.
Tais
valores, às vezes, são objeto de debate em âmbito político, cultural e midiático,
como os concernentes à família, à sexualidade e à vida. Aqui, o Santo Padre apreciou
os esforços feitos pela Igreja no Uruguai pela defesa da vida humana, desde a sua
concepção até seu término natural, que deve ser respeitada e salvaguardada.
A
seguir, o Pontífice recomendou unidade e comunhão entre os pastores e o clero que,
por sua vez, devem dar fiel testemunho evangélico e ajudar os irmãos a saírem da sua
superficialidade religiosa e a se comprometerem com os valores éticos e cristãos.
Ao
se despedir dos Bispos do Uruguai, o Santo Padre deixou-lhes sua exortação final,
dizendo:
Sem se deixar levar pelo desânimo, em tantas situações de indiferença
e apatia religiosa, exorto-os a prosseguirem como portadores da esperança, que não
defrauda, e a serem partícipes do amor de Cristo pelos pobres e necessitados, mediante
as obras caritativas das comunidades eclesiais.
O Papa disse, por fim,
que a Igreja é chamada a demonstrar grandeza de coração, solidariedade e capacidade
de sacrifício para com os irmãos mais necessitados. (MT)