VIOLÊNCIA ANTICRISTÃ NA ÍNDIA: CASAS INCENDIADAS E IGREJAS DANIFICADAS
Nova Délhi, 25 set (RV) - Não param as violências anticristãs na Índia. Foi
reforçado a aparato de segurança em algumas zonas do distrito de Kandhamal, no estado
indiano de Orissa, depois que, na noite de ontem para hoje e esta manhã foram registradas
novas violências, com um balanço parcial de mais de uma centena de residências dadas
às chamas e duas igrejas cristãs danificadas.
As autoridades impuseram o toque
de recolher em pelo menos nove áreas consideradas "sensíveis" e onde se corre o risco
de novas violências, enquanto efetivos do exército e da polícia foram, desde ontem,
enviados aos lugares das violências anticristãs.
Fontes da imprensa indiana
referem que a situação no distrito de Kandhamal voltou a ficar extremamente tensa,
depois que, nesta terça-feira uma multidão de pessoas circundou um posto policial
no vilarejo de Raikia, para pedir a libertação de alguns homens detidos por tentativa
de ataque a algumas comunidades cristãs locais.
O protesto degenerou em confrontos
com a polícia, nos quais pelo menos um manifestante foi assassinado e 25 pessoas ficaram
feridas. Nas últimas 48 horas grupos de radicais voltaram a agir em várias zonas do
distrito de Kandhamal.
As numerosas barreiras de controles feitas pelos grupos
de agressores ao longo das principais ruas da área complicam ainda mais a situação,
e estão atrasando a chegada das forças de segurança.
Desde o final de agosto
o distrito de Kandhamal registrou numerosos e graves atos de violência contra as comunidades
cristãs (tanto católicas quanto protestantes) que, segundo um balanço confirmado pela
Conferência Episcopal Indiana, provocaram a morte de 27 pessoas e danos ingentes.
Nas
últimas semanas foram registrados episódios análogos _ embora de menor intensidade
_ também nos estados de Karnataka e Kerala, ambos no sul da Índia. Muitos observadores
consideram que por trás da aparente motivação religiosa se escondam as ambições políticas
dos grupos nacionalistas e de extrema direita, em vista das próximas eleições gerais
no país. (RL)