2008-09-25 20:54:37

CARDEAL CIPRIANI THORNE: NÃO CABE À COMUNIDADE ECLESIAL RESOLVER QUESTÕES TÉCNICAS OU POLÍTICAS


Lima, 25 set (RV) - "Toda vez que a Igreja é interpelada a se pronunciar sobre matérias em que está em jogo é a vida humana, ela responde em favor da vida": foi o que disse o cardeal-arcebispo de Lima, Peru, Juan Luis Cipriani Thorne, respondendo às perguntas dos jornalistas que pediam ao purpurado esclarecimentos sobre pronunciamentos que comumente fazem tanto os bispos quanto os sacerdotes peruanos, em particular, em tema de conflito social.

"Quando os problemas que são submetidos à Igreja têm nuanças políticas ou técnicas, a nossa única resposta possível é a de nos esforçarmos para facilitar o diálogo, sem entrar em nenhum tipo de mediação" _ ressaltou o cardeal-arcebispo de Lima.

Ninguém pode esperar dos pastores "que sejam capazes de resolver tudo" ou que a própria Igreja "se torne uma enciclopédia. Isso a faria perder a credibilidade" _ frisou o Cardeal Cipriani.

Recordando que não cabe à comunidade eclesial resolver questões técnicas ou políticas, o cardeal-arcebispo da capital peruana ressaltou a importância de "facilitar sempre todo tipo de encontro e de diálogo" para encorajar as partes em conflito a encontrar os consensos necessários e adequados.

"A Igreja não é especialista em matérias como finanças, tarifas ou salários. A Igreja pensa no bem comum e, muitas vezes, dado que as partes em conflito são sujeitos que se reconhecem no catolicismo, ela sente o dever de fazer-se próxima a eles."

Além disso, como recordado pelo purpurado durante o encontro com a imprensa, a Igreja "é a instituição que goza de maior credibilidade e apoio da opinião pública".

Para o Cardeal Cipriani Thorne, as outras instituições gozam de menor estima por parte da opinião pública, porque as pessoas percebem que elas estão "buscando vantagens políticas, empresariais ou legislativas. Então, em lugar da confiança entra a desconfiança, porque por trás das belas palavras se revela um fim oculto".

Por fim, recordando que o Peru atravessa um período difícil, "agitado e conturbado", o cardeal-arcebispo de Lima ressaltou que não é por acaso que depois da Igreja Católica, a segunda instituição que mais goza de credibilidade seja a radiofonia. "Por quê? Porque facilita o diálogo e a conversação amável, duas coisas de que precisamos muito" _ arrematou. (RL)







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