FRANÇA: MISSIONÁRIOS E LEIGOS PARA COMPENSAR CRISE VOCACIONAL
Cidade do Vaticano, 18 set (RV) - A diminuição do número de padres e o envelhecimento
do clero são uma realidade em todo o mundo. Na França, como o Brasil, a Igreja vive
uma crise vocacional, que segundo Bento XVI, é um fenômeno que "não esconde a vitalidade
missionária da Igreja".
Em seus discursos, o papa disse várias vezes que “não
podemos ignorar os problemas e as sombras; é necessário dirigir o olhar para o futuro
com confiança, conferindo uma renovada e mais autêntica identidade aos missionários
'fidei donum'”.
A visita de Bento XVI à França evidenciou a crise causada
pela carência de sacerdotes e pelo pouco interesse dos jovens pela vida religiosa.
Hoje, há apenas 133 seminaristas nos seminários franceses cursando o primeiro ano
de formação. Conseqüentemente, cada vez mais, padres e seminaristas são enviados às
paróquias francesas oriundos de outros países, como Índia, Vietnã e, sobretudo Polônia.
Padres de origem estrangeira são já 8% na França.
Atualmente, a média de idade
dos padres franceses é 70 anos, e cerca de metade do clero em atividade no país tem
mais de 75 anos. Segundo as previsões, se a crise de vocações continuar nesse ritmo,
em dez anos a França terá pouco mais do que 12 mil padres e em vinte anos, esse número
se reduzirá para 6 mil. Hoje a França tem 15 mil padres, e assim como no Brasil, para
enfrentar esta penúria, algumas paróquias utilizam cada vez mais diáconos leigos. (CM)