Cidade do Vaticano, 17 set (RV) - Sempre engajado em temáticas ecológicas,
o Vaticano vai instalar, em setembro e outubro, 2.000 metros quadrados de painéis
de energia solar fotovoltaica, sobre a sala Paulo VI, onde será também colocada uma
tela com 3.000 m2 que aumentará a absorção de luz.
A sala de audiências foi
inaugurada em 1971 e recebe até 12 mil pessoas, que de qualquer ponto, podem ver o
trono papal. O edifício, que tem uma acústica excelente, possui diversas outras salas
para audiências menores, sínodos ou comitês. O Sínodo dos bispos, nopróximo outubro,
será realizado na grande Sala do Sínodo. A Sala Paulo VI é uma das obras mais importantes
da arquitetura contemporânea por suas soluções alternativas, e foi escolhida para
o projeto de energia solar por ser moderna e compatível com tecnologias deste tipo.
“Também existia a necessidade de renovar as coberturas” – explica o engenheiro Mauro
Villarini, membro dos serviços técnicos do Estado. Segundo ele, o impacto visual para
os visitantes será mínimo.
Ainda em outubro, será iniciado outro projeto, que
usará a energia solar para aquecer a água. “O desafio é que o Estado da Cidade do
Vaticano seja o primeiro na Europa a cumprir com os objetivos europeus, que prevêem
que para 2020 se obtenha de fontes renováveis ao menos 20% da energia consumida” -
comenta Mauro.
O engenheiro se demonstrou particularmente entusiasmado com
o projeto e com o apoio recebido pelo papa Bento XVI, que em inúmeras oportunidades
alertou o mundo para os problemas ambientais. “Particularmente fundamentais foram
para nós as palavras do papa pronunciadas em 1º de janeiro de 2007, por ocasião do
Dia Mundial da Paz, nas quais ele apelava para uma consciência ecológica e eficiente
que se traduzisse em programas e iniciativas concretas”. (CM)