2008-09-17 19:59:10

IGREJA CATÓLICA É ESTIMADA E APRECIADA NO NEPAL: DIZ VIGÁRIO APOSTÓLICO NO PAÍS


Roma, 17 set (RV) - Enquanto na Índia a onda de violências anticristãs não dá sinal de arrefecimento, no vizinho Nepal "a Igreja Católica" é "estimada e apreciada" pela população. Quem o confirma é o vigário apostólico no país asiático, Dom Anthony Francis Sharma, em entrevista concedida à agência missionária Fides, durante um seminário de estudo realizado no Vaticano.

"No Nepal _ explicou o prelado _ a Igreja Católica está vivendo um momento feliz: somos estimados e apreciados porque atuamos a serviço da população, sobretudo no campo da educação. E comprova o fato que, a cada ano, 200 a 300 pessoas nos pedem o Batismo."

Dom Sharma ressaltou que a Igreja sempre demonstrou "ser uma comunidade a serviço do povo" e assim ganhou a estima de todos os grupos sociais, políticos e religiosos presentes no Nepal. "Tornamo-nos conhecidos com o nosso estilo de presença _ acrescentou o bispo _, isto é, com o fato de estar presente para servir, sobretudo nos empenhando no campo da educação, que constitui ainda hoje a maior necessidade no país."

"Antes, ir à escola era um privilégio somente para ricos, para as famílias das castas mais altas, que podiam se permitir pagar os estudos."

"A comunidade católica começou a realizar um serviço gratuito e destinado a todos, sem discriminação de casta, religião: assim, nos convidaram aos vilarejos e muitas vezes nos doaram terrenos para abrir novas escolas."

Dom Sharma falou dos frutos dos últimos 25 anos de trabalho pastoral: "Hoje administramos 27 escolas em todo o país, das quais 6 na capital Katmandu, e 21 em vilarejos rurais e montanhosos. Asseguramos a educação a mais de 17 mil estudantes, entre os quais 9 mil mulheres. Reforçamos o nosso papel de Igreja presente para servir a população, e isso nos fez conquistar a estima de toda a coletividade".

Tanto é assim que a comunidade católica alcançou o número de 7 mil batizados, que crescem num ritmo de cerca de 300 unidades por ano. Isso hoje é possível porque em 1991 a nova Constituição deu liberdade de culto e de religião, e quem vem até nós pedir para se tornar cristão pode ser acolhido. Mas exigimos um caminho de dois anos de catecumenato, antes de conceder o Batismo. (RL)







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