IGREJA CATÓLICA É ESTIMADA E APRECIADA NO NEPAL: DIZ VIGÁRIO APOSTÓLICO NO PAÍS
Roma, 17 set (RV) - Enquanto na Índia a onda de violências anticristãs não
dá sinal de arrefecimento, no vizinho Nepal "a Igreja Católica" é "estimada e apreciada"
pela população. Quem o confirma é o vigário apostólico no país asiático, Dom Anthony
Francis Sharma, em entrevista concedida à agência missionária Fides, durante um seminário
de estudo realizado no Vaticano.
"No Nepal _ explicou o prelado _ a Igreja
Católica está vivendo um momento feliz: somos estimados e apreciados porque atuamos
a serviço da população, sobretudo no campo da educação. E comprova o fato que, a cada
ano, 200 a 300 pessoas nos pedem o Batismo."
Dom Sharma ressaltou que a Igreja
sempre demonstrou "ser uma comunidade a serviço do povo" e assim ganhou a estima de
todos os grupos sociais, políticos e religiosos presentes no Nepal. "Tornamo-nos conhecidos
com o nosso estilo de presença _ acrescentou o bispo _, isto é, com o fato de estar
presente para servir, sobretudo nos empenhando no campo da educação, que constitui
ainda hoje a maior necessidade no país."
"Antes, ir à escola era um privilégio
somente para ricos, para as famílias das castas mais altas, que podiam se permitir
pagar os estudos."
"A comunidade católica começou a realizar um serviço gratuito
e destinado a todos, sem discriminação de casta, religião: assim, nos convidaram aos
vilarejos e muitas vezes nos doaram terrenos para abrir novas escolas."
Dom
Sharma falou dos frutos dos últimos 25 anos de trabalho pastoral: "Hoje administramos
27 escolas em todo o país, das quais 6 na capital Katmandu, e 21 em vilarejos rurais
e montanhosos. Asseguramos a educação a mais de 17 mil estudantes, entre os quais
9 mil mulheres. Reforçamos o nosso papel de Igreja presente para servir a população,
e isso nos fez conquistar a estima de toda a coletividade".
Tanto é assim que
a comunidade católica alcançou o número de 7 mil batizados, que crescem num ritmo
de cerca de 300 unidades por ano. Isso hoje é possível porque em 1991 a nova Constituição
deu liberdade de culto e de religião, e quem vem até nós pedir para se tornar cristão
pode ser acolhido. Mas exigimos um caminho de dois anos de catecumenato, antes de
conceder o Batismo. (RL)