2008-09-16 12:27:35

DISCURSO DE DESPEDIDA: RETROSPECTIVA DA VIAGEM DO PAPA À FRANÇA


Lourdes, 16 set (RV) – Enquanto o papa descansa em Castel Gandolfo, depois da maratona de quatro dias na França, recordamos a cerimônia de despedida, que se realizou nesta segunda-feira, no aeroporto de Tarbes-Lourdes-Pirineus, na presença do primeiro-ministro François Fillon. Na ocasião, Bento XVI fez uma retrospectiva destes quatro dias de visita à França.

"No momento de deixar as terras francesas, fico muito agradecido por terem vindo despedir-se de mim. Assim, vocês me dão a oportunidade de afirmar, mais uma vez, que esta viagem a este país alegrou meu coração. Por seu intermédio, senhor primeiro-ministro, envio minhas saudações ao presidente da República e aos membros do governo, assim como às autoridades civis e militares que não pouparam esforços para contribuir para o bom andamento destes dias de graça" _ disse o papa.

A seguir, o Santo Padre manifestou sua gratidão aos irmãos no Episcopado, ao cardeal-arcebispo de Paris, André Vingt-Trois, e a Dom Jacques Perrier, bispo de Lourdes, assim como à Conferência Episcopal da França. Depois de ter-se dito reconhecido às autoridades de Paris e Lourdes, assim como às forças da ordem, aos voluntários e a todos os que trabalharam com dedicação e esmero, pelo êxito de seus quatro dias de visita à França, Bento XVI acrescentou...

"Minha viagem foi como um díptico: a primeira etapa foi Paris, cidade que conheço muito bem e lugar de muitas reuniões importantes. Tive a oportunidade de celebrar a Eucaristia, na Esplanada dos Inválidos, e de encontrar um povo vivo, orgulhoso e consciente da sua fé. Vim encorajá-los a perseverar em sua fé, vivendo os ensinamentos de Cristo e de sua Igreja."

Em seguida, Bento XVI lembrou a celebração das Vésperas, com os sacerdotes, religiosos, religiosas, diáconos e seminaristas, reforçando-os em sua vocação de servir a Deus e ao próximo. Recordou também, um momento breve, mas intenso, na Praça de Notre-Dame, com os jovens, cujo entusiasmo e carinho o reconfortaram.

Enfim, o papa dirigiu seu pensamento aos significativos encontros com o Mundo da Cultura, no Instituto de França, e no Colégio dos Bernardinos, ocasião em que pôde reafirmar que "a cultura e seus intérpretes são os vetores privilegiados do diálogo entre a fé e a razão, entre Deus e o homem".

Depois, o Santo Padre passou à segunda parte do que chamou de díptico: Lourdes, a cidadezinha nos Pirineus, principal etapa da sua viagem pastoral à França...

"Lourdes, lugar emblemático, que atrai e encanta os fiéis, é como uma luz na escuridão da nossa busca de Deus. Ali, Maria abriu uma porta para o além, que nos questiona e nos seduz: Maria, Porta Caeli (Porta do Céu). Freqüentei sua escola, durante estes dias. Visitei Lourdes para celebrar os 150 anos das aparições marianas" _ ressaltou o pontífice.

O papa explicou que "na gruta de Massabielle", onde Maria apareceu a Bernadete, ele rezou por todos: pela Igreja, pela França e pelo mundo. As duas Eucaristias celebradas em Lourdes lhe permitiram unir-se aos peregrinos _ disse.

Como peregrino entre os peregrinos, o pontífice acompanhou as quatro etapas do Caminho do Jubileu das Aparições, visitando a igreja paroquial, onde Bernadete foi batizada; a casa, onde viveu sua família; a Gruta de Massabielle, onde a Virgem apareceu à pequena vidente; e, finalmente, a Capela onde a menina recebeu a Primeira Comunhão.

Bento XVI referiu-se à santa missa que celebrou em Lourdes, para os enfermos, celebração que coroou sua visita à cidade e à França. Durante a celebração, o papa rezou pelos doentes em busca de restabelecimento físico e esperança espiritual. "Deus não os esquece, e tampouco a Igreja" _ assegurou.

Por fim, o papa recordou a procissão de velas e a procissão eucarística, no prado do Santuário de Lourdes, e seu encontro com os bispos da França, que se reúnem, periodicamente, aos pés de Nossa Senhora de Lourdes, para rezar, celebrar a Eucaristia, refletir e dialogar sobre sua missão de pastores.

Ao término de seu discurso de despedida de Lourdes e da França, o pontífice manifestou seu desejo...

"Que em solo francês possa reinar a harmonia e o progresso humano; que a Igreja seja fermento na massa para indicar, com sabedoria e sem temor, de acordo com sua missão, quem é Deus. Chegou o momento de deixá-los. Será que vou voltar a este maravilhoso país? Confio este meu desejo a Deus. Em Roma, estarei próximo de vocês, quando me detiver diante da réplica secular da Gruta de Lourdes, que se encontra nos Jardins Vaticanos. Que Deus os abençoe e obrigado. (MT)







All the contents on this site are copyrighted ©.