Lourdes, 15 set (RV) - Último dia da X Viagem Apostólica de Bento XVI, que
o levou a Paris e em peregrinação a Lourdes, na França, para as celebrações jubilares
das Aparições de Nossa Senhora a Santa Bernadete.
O Santo Padre deixou, esta
manhã, a Casa de Retiros São José e se dirigiu, de automóvel, ao vizinho Oratório
de Lourdes, atual Capela de um Hospital, onde a pequena vidente, Bernadete de Soubirous,
recebeu a Primeira Comunhão.
Trata-se da IV e última etapa do “Caminho Jubilar”
das celebrações por ocasião das Aparições marianas em Lourdes. As três etapas que
o Papa já visitou são: a fonte, onde Bernadete foi batizada; a casa onde a sua família
morou, que era uma antiga prisão; e a Gruta, onde Maria apareceu a Bernadete.
Durante
a IV etapa do Caminho Jubilar, onde a menina vidente recebeu a Primeira Comunhão,
o Pontífice rezou a oração própria, diante do Santíssimo Sacramento.
A seguir,
o Papa dirigiu-se de automóvel à Basílica de Nossa Senhora do Rosário, onde, no adro,
celebrou uma Santa Missa para os numerosos enfermos, presentes em Lourdes. Durante
a celebração, cuja Liturgia foi a da festa de Nossa Senhora das Dores, o Santo Padre
administrou o sacramento da Unção dos Enfermos.
Na homilia que pronunciou aos
presentes, sobretudo idosos e doentes, o Pontífice recordou que Maria, celebrada hoje
como Nossa Senhora das Dores, partilhou da compaixão de seu Filho pelos pecadores.
De
fato, aos pés da Cruz, realiza-se a profecia do velho Simeão: “seu coração será transpassado",
ao ver o suplício imposto a seu Filho inocente. E o Papa explicou:
Maria,
hoje, participa da alegria e da glória da Ressurreição. As lágrimas que derramou aos
pés da Cruz se transformaram em sorriso, que nada o apagará, embora mantenha intacta
a sua compaixão materna por nós. Os cristãos de todos os tempos sempre foram à busca
deste seu sorriso. Com efeito, ela dispensa seu sorriso a todos, mas de modo particular
aos que sofrem e aos que precisam de conforto e alívio. O sorriso
de Maria, continuou o Papa, é reflexo da ternura de Deus e fonte de esperança, não
obstante o mundo do sofrimento tende a levar ao desespero e desviar do sentido e do
valor da vida. Quando isso acontecer, disse o Pontífice, devemos olhar para Maria,
aos pés da Cruz; devemos reconhecer a nossa fraqueza e pobreza diante de Deus e demonstrar
maturidade espiritual.
Desta forma, o sorriso de Maria torna-se fonte de amor
e de misericórdia. Seu Filho Jesus veio entre os homens como médico. Sem a sua ajuda,
o jugo do sofrimento e da enfermidade torna-se árduo e pesado. Com Cristo as nossas
tribulações e sofrimentos se tornam instrumento de salvação! (MT)