2008-09-12 11:40:51

X VIAGEM APOSTÓLICA: PAPA EM PARIS


Castel Gandolfo, 12 set (RV) - Bento XVI partiu, esta manhã, para a X Viagem Apostólica de seu Pontificado, que o levou à França. O Papa visitará Paris e Lourdes de 12 a 15 do corrente, por ocasião dos 150 anos das Aparições de Nossa Senhora em Lourdes.

O Santo Padre deixou, de helicóptero, a Residência Pontifícia de Castel Galdolfo, esta manhã, às 8h30, hora local, e se dirigiu ao aeroporto internacional de Fiumicino, em Roma. O avião papal, um Airbus A-321 da Alitalia, decolou às 9h23, com destino a Paris, onde chegou às 11h15 hs locais.

No aeroporto romano de Fiumicino, o Bispo de Roma se despediu das autoridades civis e religiosas, entre as quais o Núncio Apostólico na Itália, Dom Giuseppe Bertello, o embaixador da Itália, junto à Santa Sé, Antonio Zanardi Landi, o bispo de Porto e Santa Rufina, onde se encontra Fiumicino, Dom Gino Reali, o Prefeito local, Mario Canapini, e o vice-Premiê, Gianni Letta.

Antes de partir, Bento XVI se entreve, brevemente, com as autoridades presentes, das quais se despediu. A delegação vaticano, que acompanha o Papa nesta viagem à França, é composta de três Cardeais franceses: Dom Jean-Louis Tauran, Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso; Dom Paul-Poupard, Presidente emérito do Pontifício Conselho da Cultura; e Dom Roger Etchegaray, vice-Decano do Colégio Cardinalício. Acompanha a delegação também o arcebispo Dominique Mamberti, Secretário para as Relações com os Estados.

Como de costume, o Papa enviou um telegrama ao Presidente da Itália, país onde sobrevoou o avião papal, antes de chegar à França. No telegrama a Giorgio Napolitano, o Bispo de Roma lhe apresentou suas sinceras saudações, como também a todo o povo italiano, enviando a todos, sobretudo aos que sofrem no corpo e no espírito, a sua Bênção Apostólica.

Durante o vôo, que o levou a Paris, Bento XVI respondeu a algumas perguntas dos jornalistas credenciados, falando, entre outras coisas, sobre a “laicidade, que, segundo o Papa, não está em contraposição com a fé; pelo contrário é fruto da fé. Isto vale seja para os franceses, seja para os cristãos de hoje” disse o Pontífice, que acrescentou: “É importante viver com alegria a liberdade da nossa fé; é necessário dar verdadeiro testemunho cristão para a sociedade de hoje”.

“A religião, afirmou depois o Bispo de Roma, não deve ser identificada com o Estado; ela não é política e a política não é religião. Neste sentido, os cristãos devem contribuir para confirmar os valores que são fundamentais para a construção da sociedade”.

Respondendo a outro jornalista, que lhe perguntou sobre o motu proprio, que permite celebrar a Missa em latim, como um passo atrás ao Concílio, o Santo Padre respondeu: “É claro que a Liturgia conciliar renovada é aquela ordinária para a Igreja. O motu proprio é simplesmente um ato de tolerância pastoral para com as pessoas que receberam formação no período pré-conciliar. Portanto, é absolutamente infundado – concluiu – o fato de a liturgia em latim ser um retrocesso na Igreja”.

Enfim, após cerca de duas horas de vôo, o avião papal pousou no aeroporto internacional Orly de Paris, precisamente às 11h06, onde se deu a cerimônia de boas-vindas, sem discursos oficiais.

O Papa foi recebido no aeroporto de Paris por algumas autoridades civis, religiosas e políticas, entre as quais o Presidente da França, Nicolas Sarkozy e sua esposa Carla Bruni, o Primeiro Ministro da França, François Fillon, o cardeal-arcebispo de Paris, Dom André Vingt-Trois, com seus auxiliares, e a Presidência da Conferência Episcopal da França.

Após uma breve saudação aos presentes, o Pontífice se dirigiu, automóvel, à Nunciatura Apostólica de Paris, que dista 25 km. Dali, às 12h15, o Papa deslocou-se ao Palácio do Eliseu, a Residência oficial do Presidente da República francesa, para uma visita de cortesia a Nicolas Sarkozy e para a cerimônia oficial de boas-vindas. (MT)







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