Esforço missionário dos pastores e empenho político dos leigos: pede o Papa aos Bispos
do Paraguay
Recebendo quinta-feira, na conclusão da visita “ad limina”, os Bispos do Paraguay,
Bento XVI exortou-os a empenharem-se num sério esforço missionário para que os habitantes
deste país da América do Sul possam fazer aquela experiência pessoal de Deus que transforma
a existência: “É urgente um vasto esforço missionário que, colocando Jesus Cristo
no centro de toda a acção pastoral, dê a conhecer a todos a beleza e a verdade da
sua vida e da sua mensagem de salvação. Os homens têm necessidade de esse encontro
pessoal com o Senhor que lhes abra as portas a uma existência iluminada pela graça
e pelo amor de Deus”. Bento XVI recordou aos bispos paraguaianos o ministério
da unidade: unidade e comunhão na própria Igreja particular e também entre esta e
a Igreja universal: “Como Sucessor do Apóstolo Pedro, vos animo a continuar a
trabalhar com todas as vossas forças para incrementar a unidade nas vossas comunidades
diocesanas, assim como com esta Sede Apostólica. Essa unidade - pela qual rezou o
Senhor Jesus, de modo especial na Última Ceia - é fonte de verdadeira fecundidade
pastoral e espiritual”. Na sua alocução aos membros da Conferência Episcopal
do Paraguay, o Santo Padre recordou o importante lugar dos presbíteros e dos religiosos
e religiosas, a cuja formação permanente os bispos hão-de dedicar a devida atenção.
O Papa não esqueceu, a concluir, a vocação específica dos leigos: “impregnar
de espírito cristão a ordem temporal e transformá-la segundo o projecto de Deus”.
Para tal – recordou – “os Pastores têm o dever de lhes oferecer todos os meios espirituais
e formativos necessários”. “Aspecto significativo” da missão laical é o exercício
da política – um verdadeiro “serviço à sociedade”: “Há que os encorajar, portanto,
a viverem com responsabilidade e dedicação esta importante dimensão da caridade social,
para que a comunidade humana de que com todo o direito fazem parte progrida na justiça,
na honradez, na defesa dos reais e autênticos valores, como a salvaguarda da vida
humana, do matrimónio e da família, contribuindo dessa maneira para o verdadeiro bem
humano e espiritual de toda a sociedade”.