2008-09-09 11:20:17

"Cada vez mais evidente a importância do pontificado de Paulo VI": Bento XVI, nos 30 anos da morte


Um homem “sincera e profundamente apaixonado pela Igreja”, que a guiou num período histórico difícil, mas também de grande renovação interior, graças ao Concílio Vaticano II de cuja aplicação foi o primeiro responsável: palavras de gratidão de Bento XVI, evocando a figura e memória de Paulo VI. Palavras contidas numa carta enviada ao bispo de Brescia, D. Luciano Molinari, por ocasião do 30° aniversário da morte do Papa Montini.
Como há trinta anos atrás, continuam ainda hoje a impressionar profundamente as palavras de Paulo VI citadas agora por Bento XVI, na sua carta e que o Papa Montini deveria ter pronunciado no Angelus do dia 6 de Agosto de 1978, a propósito da transfiguração de Cristo e que, em razão da sua morte, ficaram somente escritas em papel, assumindo todavia um grande valor simbólico: “Aquele corpo que se transfigura diante dos olhos atónitos dos apóstolos é o corpo de Cristo nosso irmão, mas é também o nosso corpo chamado à gloria. Aquela luz que o inunda é e será também parte da nossa herança e esplendor”.
Somos chamados a partilhar tanta glória, porque somos “participantes da natureza divina”. Com a morte de Paulo VI - escreve o Papa - desapareceu um “filho da terra de Brescia”, “chamado pela Providência divina a guiar a Igreja num período histórico marcado por não poucas problemáticas e desafios” e, contemporaneamente, a ser “timoneiro da barca de Pedro”, durante a celebração do Concilio Vaticano II “e nos anos da sua primeira actuação”.
Bento XVI declara-se impressionado pelo “ardor missionário” que animou o Papa Montini, levando-o “a empreender - escreve - viagens apostólicas empenhativas, mesmo em nações longínquas e a levar a cabo gestos de grande valor eclesial, missionário e ecuménico”. Com o passar dos anos - afirma ainda Bento XVI - “torna-se cada vez mais evidente a importância do seu pontificado, para Igreja e para o mundo, assim como para a inestimável herança de magistério e de virtude que ele deixou aos crentes e à humanidade inteira”. Ao recordar a sua pessoal gratidão para com Paulo VI, que em 1977 o nomeou arcebispo de Munique e pouco depois o criou cardeal, Bento VI conclui dando graças a Deus “por ter oferecido à Igreja” um pastor “sincera e profundamente apaixonado pela Igreja e tão próximo das expectativas e esperanças dos homens do seu tempo”. E faz “os melhores votos de que cada membro do Povo de Deus saiba honrar a sua memória com o empenho de uma sincera e constante busca da verdade”.








All the contents on this site are copyrighted ©.