Roma, 04 set (RV) - Uma Missa na Igreja de Sérgio e Bacco, nesta tarde, em
Roma, lembrará os 75 anos de uma das páginas mais terríveis da história da Ucrânia.
Entre abril de 1932 e outubro de 1933, de sete e 10 milhões de pessoas morreram em
razão da Grande Fome no país. A tragédia ocorreu no período da política de coletivização
forçada, das terras, executada no governo do ditador soviético Joseph Stalin. Outras
duas Missas, em Milão e Nápoles, lembrarão a tragédia.
A comunidade ucraniana
também fará um ato na Praça de Campidoglio, em Roma. Após a cerimônia em homenagem
às vítimas, será realizada a conferência científica “A Grande Fome na Ucrânia: o 75º
aniversário da tragédia”. O encontro organizado pela Embaixada ucraniana na Itália,
terá a participação de cientistas e políticos dos dois países. Para lembrar as vítimas,
também será acolhida uma chama, que já percorreu, em procissão, mais de 20 nações
da Europa, América Latina, Estados Unidos e Austrália.
As explicações sobre
o que provocou a Grande Fome, ainda são divergentes. A maioria, no entanto, atribui
a morte de entre sete e 10 milhões de ucranianos ao regime soviético. Por isso, o
presidente da Ucrânia, Vitor Jushchenko, tenta reconhecer a tragédia como um genocídio
em massa. Conforme o porta-voz do governo de Kiev, Virgilio Caivano, a União Européia
e o Parlamento italiano têm o dever moral e político de reconhecer o genocídio. (MO)