2008-09-02 20:10:13

CARDEAL MARTINO ANUNCIA NOVO DOCUMENTO VATICANO SOBRE A POBREZA NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO


Dar es Salaam, 02 set (RV) - "O compromisso determinado a organizar e estruturar a sociedade de modo que o próximo não tenha que encontrar-se na miséria é um ato de caridade indispensável. Sobretudo quando essa miséria se tornou a situação na qual se encontra um grande número de pessoas e até mesmo de povos inteiros, situação que assume, hoje, as proporções de uma verdadeira questão social mundial."

Foi o que afirmou o presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Renato Raffaele Martino, concluindo nestes dias, em Dar es Salaam, na Tanzânia, o Congresso continental africano, para a apresentação do Compêndio da Doutrina Social da Igreja.

Definindo o encontro de quatro dias, como uma "uma magnífica experiência de comunhão e amizade eclesial", o purpurado reiterou no discurso conclusivo que "o dinamismo evangélico da missão eclesial nos impele _ como fez Jesus _ a privilegiar os pobres, a direcionar as nossas forças e recursos para os pobres, a considerar a renovação da sociedade a partir das exigências dos pobres".

O Congresso continental africano foi o terceiro encontro desse tipo, após o de 2005 em Cidade do México, para as Américas, e o de 2007 em Bangcoc, na Tailândia, para a Ásia.

O Cardeal Martino reafirmou ainda que a opção preferencial pelos pobres permanece sendo, a partir do Concílio Vaticano II, um dos pontos caracterizadores da Doutrina Social da Igreja. E acrescentou:

"A pobreza e, sobretudo, a crescente desigualdade entre as áreas, continentes e países, e até mesmo dentro dos próprios países, constitui o mais dramático problema com o qual o mundo de hoje se depara."

A esse propósito, o purpurado anunciou que, "consciente de tal dramática situação, o Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, respondendo às exigências expressas no Compêndio, está preparando um documento sobre o tema: A pobreza na era da globalização".

Com tal iniciativa, o organismo vaticano pretende "indicar uma abordagem evangélica para combater a pobreza, identificar quem, tanto em nível nacional quanto internacional, tem a responsabilidade de combater a pobreza; sensibilizar a Igreja a ter uma mais articulada atenção e consciência dos problemas da pobreza e dos pobres no mundo, sem esquecer que hoje a extrema pobreza tem, em primeiro lugar, a face de mulheres e crianças, especialmente na África". (RL)







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